O "projeto Ucrânia está condenado" e Kiev "perdeu", disse o ex-analista sênior de política de segurança do Gabinete do Secretário de Defesa, Michael Maloof, à Sputnik.
"A administração Biden, e penso que até alguns países europeus, estão agora a ver a inevitabilidade disso", acrescentou.
A tão anunciada contraofensiva da Ucrânia revelou-se um fracasso total, apesar da enorme ajuda militar que os Estados Unidos e os seus aliados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) distribuíram.
Os principais meios de comunicação deixaram de falar sobre os supostos "sucessos" de Zelensky e permaneceram praticamente em silêncio. Assim, dadas as admissões abertas de que a contraofensiva de Kiev foi um desastre, a "fadiga da Ucrânia" está ganhando terreno tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.
Entretanto, as Forças Armadas russas adotaram uma posição ofensiva na área da operação militar especial e avançam ao longo de toda a linha de contato, conforme o presidente Vladimir Putin destacou durante sua coletiva de imprensa anual em 14 de dezembro. O Exército ucraniano, segundo Maloof, carecia gravemente de um elemento em particular desde o início: o poder aéreo.
"Eles não tinham poder aéreo para lidar com as armadilhas de tanques, as minas que os russos acumularam ao longo do tempo. E isso levou a uma guerra de trincheiras", afirmou.
Quanto aos países ocidentais, no seu frenesim para alimentar o conflito indireto da OTAN contra a Rússia na Ucrânia, acabaram por enfrentar a exaustão das suas reservas de armas e munições. "Nem os Estados Unidos nem os europeus têm reservas para entrar num conflito. [...] Estamos tão exaustos neste momento que não conseguimos sequer lutar numa frente unida", disse Maloof.