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'Cassação do mandato de Sergio Moro é iminente', diz ex-juiz eleitoral

Em entrevista a um portal de notícias, o ex-juiz eleitoral Márlon Reis afirmou que a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR) é iminente.
Sputnik
"Estudei minuciosamente o parecer e o processo como um todo. Estou convencido de que estamos na véspera da cassação de Moro. Foram encontrados muitos elementos de prova, devidamente analisados pelo Ministério Público [MP] Eleitoral em um parecer extremamente sóbrio e técnico. São muitas as alegações contrárias à manutenção do mandato. A lista envolve quase todo o abecedário, indo de A até M. O MP acerta na leitura, e creio que haverá cassação", disse Reis ao UOL.
A possível cassação de Sergio Moro pode se confirmar após o Ministério Público acolher uma ação eleitoral contra o senador por abuso de poder econômico — durante a pré-campanha de 2022 ele gastou R$ 2 milhões. A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná emitiu parecer favorável à cassação.
Entre as despesas questionadas estão a compra de um carro blindado e outros gastos com segurança. Moro rebate que as ações não tiveram impacto na campanha.
"No processo está comprovado que houve dispêndio no período pré-eleitoral de R$ 2.030.228,09. O MP faz a conta e conclui que [esse valor] representa quase 40% do total geral das despesas de campanha eleitoral e 110% da média dos gastos em campanha dos outros candidatos ao Senado. […] Esses gastos feitos anteriormente o beneficiaram. Ele faz uma pré-campanha muito acima do normal e desequilibra as chances de disputa em relação aos demais concorrentes", comentou Reis.
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Além disso, o ex-juiz eleitoral pontuou que Moro não tomou cuidado e houve mais pressa e entusiasmo do que cautela. "A legislação eleitoral se tornou muito rigorosa nos últimos anos. O próprio Congresso começou a enrijecer as normas sobre prestação de contas. Todos devem se adequar a isso, e o que se observa nesse caso é que não houve adequação", concluiu.
A ação tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e pode ser levada a julgamento no plenário em janeiro de 2024.
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