Um destróier da Marinha dos EUA e vários navios comerciais foram atacados por drones e mísseis disparados do Iêmen, informou neste domingo (3) o Pentágono, citado pela agência norte-americana Associated Press.
Os militantes houthis do Iêmen afirmaram mais tarde, sem fazer referência ao ataque ao porta-aviões americano USS Carney, terem atacado dois navios comerciais ligados a Israel, argumentando que avisaram diversas vezes antes de terem atirado contra eles.
Os navios em questão eram o graneleiro Unity Explorer, com bandeira das Bahamas, de propriedade de uma empresa do Reino Unido, que tem Dan Ungar, que mora em Israel, como um de seus oficiais. O segundo foi um navio de contêineres de bandeira do Panamá, chamado Number 9, que está ligado à Bernhard Schulte Shipmanagement, sendo ambos atingidos no estreito de Bab el-Mandeb, explicou o general Yahya Saree, porta-voz militar dos houthis.
"As Forças Armadas do Iêmen continuam impedindo que navios israelenses naveguem no mar Vermelho (e no golfo de Aden) até que a agressão israelense contra nossos irmãos firmes na Faixa de Gaza pare", afirmou ele.
"As Forças Armadas do Iêmen renovam seu aviso a todos os navios israelenses ou associados a israelenses de que eles se tornarão um alvo legítimo se violarem o que foi dito nesta declaração", advertiu.
Resposta dos EUA
Em seguida, as forças norte-americanas abateram um drone pertencente a membros do grupo de houthis xiitas Ansar Allah, do Iêmen, relatou o canal saudita Al-Hadath, citando uma declaração do Pentágono.
"O navio mercante que os houthis tentaram atacar chama-se Unity Explorer [...] Abatemos um drone dos houthis que estava indo em direção ao destróier Carney e ao navio Unity Explorer", disse o canal, citando autoridades militares dos EUA, acrescentando que os navios de guerra de Israel também responderam.
Durante a operação militar de Israel na Faixa de Gaza, os houthis anunciaram várias vezes o lançamento de foguetes e drones contra a cidade israelense de Eilat. O movimento também alertou sobre sua intenção de atacar qualquer navio ligado a Israel, pedindo a outros países que retirem suas tripulações dos navios e não se aproximem deles no mar.