Panorama internacional

'Chega de assassinatos de civis': premiê da Bélgica insta Israel a se conter após colapso da trégua

Mesmo defendendo que Tel Aviv tem "o direito de eliminar a ameaça terrorista originária de Gaza", Alexander De Croo a exortou a não provocar mais mortes de civis.
Sputnik
O primeiro-ministro da Bélgica contou no sábado (2) que conversou com o presidente de Israel após a retomada dos combates na Faixa de Gaza, e o advertiu para não provocar mais mortes de civis, cita a agência britânica Reuters.
Uma trégua temporária de uma semana entre Israel e o grupo palestino Hamas cessou na sexta-feira (1º), depois que os mediadores não conseguiram estender a pausa. Israel e o Hamas se acusaram mutuamente de terem feito colapsar a trégua.
Os aviões de guerra israelenses têm bombardeado áreas de Gaza desde o fim da trégua, matando centenas de pessoas, de acordo com as autoridades de saúde palestinas. No sábado (2) houve também sirenes alertando sobre disparos de foguetes em comunidades israelenses próximas a Gaza, mas não houve relatos de danos graves ou vítimas.
O premiê belga Alexander De Croo reconheceu em declarações a repórteres na cúpula climática COP28 da ONU em Dubai, Emirados Árabes Unidos, que Israel tem "o direito de eliminar a ameaça terrorista originária de Gaza", mas que tudo deve ser feito para garantir que nenhum outro civil seja morto.
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"É lamentável que a violência tenha recomeçado. Esperamos que, assim que possível, mais reféns possam ser liberados. Esperamos que o acesso humanitário seja um acesso humanitário permanente", disse.
"Abordei minhas preocupações sobre o fato de a violência ter recomeçado e repeti novamente o que disse no portão de Rafah [cidade palestina na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza]: chega de assassinatos de civis", sublinhou ele.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel convocou recentemente os embaixadores da Bélgica e da Espanha por causa de comentários feitos por seus primeiros-ministros em Rafah.
De Croo disse na ocasião que Israel deveria respeitar a lei humanitária internacional, que a destruição de Gaza era inaceitável, e que o assassinato de civis tinha que parar.
Uma autoridade israelense garantiu na sexta-feira (1º) que os militares do país cumprem as leis internacionais, e que tentaram minimizar as baixas civis.
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