Panorama internacional

Lula chama Netanyahu de extremista e diz que 'falta sensibilidade' a Biden para parar guerra em Gaza

Lula afirmou que os EUA "têm influência política, econômica, militar e já deveriam ter parado a guerra", mas, segundo ele, "falta sensibilidade" ao presidente Biden para tomar tal decisão.
Sputnik
"Não posso entender como um homem tão importante como o presidente Biden, do país mais importante do planeta, não teve a sensibilidade de falar para acabar com essa guerra", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à Al Jazeera, publicada pelo canal nesta sexta-feira (1º).
E sua fala, o presidentea a COP 28, Lula passou por Catar, Arábia Saudita e Emirados ÁrabesE. Durante a entrevista, o presidente do Brasil foi questionado sobre o conflito entre Israel e Hamas, para o qual deu respostas incisivas.
Lula contabilizou o número de palestinos mortos, feridos, desabrigados e desaparecidos. Diante da quantidade julgada considerável, o presidente disse que não se trata de uma guerra tradicional, "mas um genocídio que mata milhares de crianças e mulheres que não têm culpa alguma."
Em sua fala, o presidente voltou a comparar as ações realizadas por Israel e Hamas. "Temos um grupo que comete um ato terrorista de um lado e você tem o Estado que repete as ações e é mais sério do que o ato terrorista."
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O presidente ainda classificou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, como um governante extremista e insensível em relação às vidas em jogo no conflito. "Como governante, ele é uma pessoa muito extremista, de extrema direita, com pouca sensibilidade humana aos problemas do povo palestino."
"Ele pensa que os palestinos são pessoas de terceira ou quarta classe", disse o presidente sobre Netanyahu. Lula ainda acrescentou que "os palestinos deveriam ser tratados como os judeus."
Para cessar o conflito na Faixa de Gaza, Lula voltou a defender a presença de dois Estados no território como a solução mais viável. O Brasil tem atuado veementemente nesta frente, sobretudo mediante o conflito no Oriente Médio. Na última quarta-feira (29), Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
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