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Brasil ingressará na OPEP+, mas não limitará produção de petróleo, diz presidente da Petrobras

De acordo com o chefe da petrolífera brasileira, país deve ingressar na OPEP+ como observador, não sujeito a cotas. Prates também afirmou que o Brasil analisará as regras de funcionamento da plataforma para tomar uma decisão em junho de 2024.
Sputnik
Na quinta-feira (30), foi anunciado que o Brasil vai fazer parte da OPEP+ a partir de janeiro do ano que vem. O anúncio foi recebido com surpresa por alguns setores e governos, ao mesmo tempo, levantou questões imediatas sobre se o Brasil participaria dos limites de produção.
No entanto, em entrevista à Reuters, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o Brasil não limitará a produção do petróleo.
"Não há cota. Jamais faríamos parte de uma organização que impõe cotas [de produção] ao Brasil, a Petrobras é uma empresa de capital aberto e não podemos ter cotas", afirmou.
Prates, que em outubro recebeu no Brasil o secretário-geral da OPEP, Haitham Al Ghais, destacou que a OPEP+ é um grupo que inclui países sem direito de voto e aos quais não são impostos limites de produção, o que seria o caso do Brasil.
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"O Brasil começaria a participar das reuniões como uma espécie de membro observador, o que considero muito bom", disse o presidente, acrescentando que a medida seria fundamental para os esforços de transição energética da OPEP e do Brasil.
Ontem (30), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "confirmou nossa carta de cooperação" com a OPEP+ a partir de janeiro de 2024. No entanto, Prates disse hoje (1º) que "espera que o Brasil aceite formalmente o convite até junho".
"Em junho, vai ter outra reunião onde aí certamente, em Viena, o Brasil vai levar e dizer 'olha, eu topo participar, estou dentro'. E aí vai passar a participar das reuniões como uma espécie de membro observador", concluiu Prates.
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