Panorama internacional

Comitê de Inteligência da Câmara: EUA não deverão destinar dinheiro a Ucrânia e Israel antes de 2024

O chefe do comitê avaliou como "muito difícil" que Kiev e Tel Aviv recebam financiamento de Washington, devido à insistência republicana de reforçar a fronteira em meio à crise migratória dos EUA.
Sputnik
Será "muito difícil" aprovar um pacote de ajuda para a Ucrânia e Israel antes do final do ano, pois o principal obstáculo é a política de segurança das autoridades norte-americanas na fronteira sul dos EUA, disse um congressista norte-americano.
A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, solicitou em 20 de outubro US$ 105 bilhões (R$ 523 bilhões) ao Congresso para apoiar Israel, Ucrânia, Taiwan e a segurança na fronteira meridional norte-americana. Até o momento, a Câmara dos Representantes, controlada pelos republicanos, recusou-se a aprovar o pacote, pois vê as provisões para reforçar a fronteira como insuficientes.
Os EUA têm enfrentado em 2023 a maior crise migratória de sua história na fronteira com o México, com mais de 2,2 milhões de pessoas chegando ao local até agosto.
"Acho que será muito difícil fazer isso antes do final do ano", disse Michael Turner, republicano chefe do Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes, em declarações à emissora norte-americana NBC, concordando com essa avaliação.
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O plano de Biden recebeu uma contraproposta republicana, que destinava ajuda somente a Israel. A maioria dos democratas rejeitou a ideia, com Biden prometendo vetá-la se for aprovada por ambas as câmaras do Congresso dos EUA. No entanto, devido à incapacidade de ambos os partidos acordarem um orçamento para o atual ano fiscal de 2024 (outubro de 2023-setembro de 2024), Biden tem aprovado leis de financiamento temporárias sem provisões para qualquer uma dessas áreas.
Recentemente, John Kirby, coordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, informou que a ajuda dos EUA à Ucrânia está sob ameaça. Uma pesquisa da emissora NBC concluiu que cerca de 75% dos americanos entrevistados opinaram que apoiavam o aumento do financiamento para a segurança na fronteira com o México, o que era mais do os que se expressaram a favor do aumento da ajuda à Ucrânia.
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