Segundo Kirby, a proposta para pausa surgiu após discussões entre autoridades dos Estados Unidos e de Israel nos últimos dias, incluindo conversas entre Joe Biden e Benjamin Netanyahu.
"Os israelenses nos disseram que não haverá operações militares nessas áreas durante a pausa e que este processo começa hoje [9]. Entendemos que Israel começará a implementar pausas de quatro horas em áreas do norte de Gaza com um anúncio a ser feito com três horas de antecedência", disse, citado pela Reuters.
Ao mesmo tempo, Kirby observou que um cessar-fogo entre as Forças de Defesa de Israel (FDI) e o Hamas não é adequado porque ajudaria o grupo palestino e "legitimaria o que eles fizeram em 7 de outubro, e simplesmente não vamos tolerar isso neste momento".
Também nesta quinta-feira (9), os chefes da CIA e do Mossad se reuniram com o primeiro-ministro do Catar em Doha para discutir os parâmetros de um acordo para a libertação de reféns e uma pausa nos combates na Faixa de Gaza. No entanto, o resultado das negociações não foi divulgado, informou a agência britânica.
O chefe do serviço de inteligência israelense, David Barnea, o diretor da CIA, William Burns, e o primeiro-ministro do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, realizaram a reunião após mediadores catarianos terem se reunido com funcionários do escritório político do Hamas na noite de quarta-feira (8).
Os diálogos também incluíram uma discussão sobre a possibilidade de permitir importações humanitárias de combustível para Gaza, até agora recusadas por Israel. Uma fonte disse à mídia que as negociações abordaram a libertação de 10 a 15 reféns em troca de uma pausa humanitária de um a dois dias na guerra que está devastando a Faixa de Gaza.