Panorama internacional

Presidente do Irã: EUA 'incentivam assassinatos e ações brutais contra o povo palestino' por Israel

Segundo Ebrahim Raisi, Tel Aviv e Washington não têm qualquer interesse em minimizar as baixas civis na Faixa de Gaza, algo que qualificou de genocídio e infanticídio.
Sputnik
As ações contraditórias dos EUA e seu veto às resoluções do Conselho de Segurança da ONU deram autorização a Israel para matar mais palestinos, contradizendo suas alegações de que busca um cessar-fogo na Faixa de Gaza, declarou nesta segunda-feira (6) Ebrahim Raisi, presidente do Irã.
A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva com Mohammad al-Sudani, primeiro-ministro do Iraque, em Teerã.

"Infelizmente as armas, a inteligência e a ajuda financeira dos americanos ao regime sionista [Israel] incentivam assassinatos e ações brutais contra o povo palestino", lamentou ele, citado pela agência iraniana Tasnim.

Raisi descreveu os ataques de Israel como um crime contra a humanidade e um exemplo de genocídio e infanticídio, realizado com o apoio dos EUA e de vários países europeus.
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"Ambos os países sublinham claramente que os ataques do regime sionista a Gaza devem ser interrompidos o mais rápido possível, e que o povo deve receber alívio com o levantamento do bloqueio", disse ele.

Para o presidente iraniano, Israel "entrou em colapso e os americanos querem manter esse regime de pé. A estimativa do mundo inteiro é que a nação palestina venceu, e matar crianças e mulheres e destruir as casas das pessoas não é considerado uma vitória para o regime sionista; em outras palavras, os crimes contra a humanidade e o genocídio não podem compensar o fracasso vergonhoso do regime sionista".

"A República Islâmica do Irã está pronta para cooperar com qualquer ação a nível de países islâmicos, países regionais e no cenário internacional para impedir a continuação dos crimes do regime sionista e do corpo governante americano, […] [que está levando ao] assassinato do povo inocente, oprimido e poderoso de Gaza", afirmou.
Desde o início da guerra, no mês passado, na Faixa de Gaza foram mortas 9,7 mil pessoas e mais 24,8 mil ficaram feridas. Israel reportou mais de 1,4 mil mortos, entre soldados e civis, nos ataques lançados pelo Hamas.
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