Panorama internacional

Putin: quanto mais forte a Rússia for na área técnico-militar, menos a excluirão de organizações

Vladimir Putin deu um discurso à Câmara Pública da Federação da Rússia, onde falou sobre o estado do país em várias áreas, incluindo na econômica e técnico-militar.
Sputnik
Quanto mais forte a Rússia for no plano técnico-militar e em outras áreas, menor será o desejo de excluir o país de qualquer aliança internacional, disse nesta sexta-feira (3) Vladimir Putin, presidente do país.

"E também em termos militares, 'precisamos vencer' a Rússia no campo de batalha. Agora eles cantam e falam de forma diferente. Isso não significa que temos que nos comportar de forma agressiva. Significa que devemos ser soberanos em todos os sentidos da palavra, independentes", declarou ele falando no Museu Central da Grande Guerra pela Pátria de 1941-1945 (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados).

O presidente sublinhou que "ser soberano e independente" também significa que a economia russa e a produção real devem estar vinculadas à economia global, mas, no que toca a componentes-chave, a economia deve ser autossuficiente e permitir que o país não apenas sobreviva, mas também avance.
Para isso, ele acredita que é necessário se concentrar na agenda doméstica, resolver as tarefas que o país enfrenta, como o desenvolvimento, fortalecimento da demografia, e também se "fortalecer internamente", o que, de acordo com Putin, é facilitado pela celebração do Dia da Unidade do Povo, no dia 4 de novembro.
Para o mandatário russo, o país já está se transformando em um país autossuficiente.
"Quando nos transformarmos em um país assim, onde 43% da estrutura de crescimento econômico já é composta por indústrias de processamento, quando pararmos, como nos disseram uma vez, apontando o dedo para nós, que somos um 'posto de gasolina', e não uma economia, é aí que tudo muda. Quando nos tornarmos autossuficientes, haverá menos pessoas dispostas a nos excluir de algumas organizações, e cada vez mais pessoas dispostas a se desculpar e nos convidar para trabalhar juntos em todo o tipo de áreas de atividade."
"Teremos neste ano um crescimento do PIB de 2,8%, ou até de 3%, e nas principais economias da Europa, negativo, pequeno, mas negativo. Elas estão sofrendo, estão surgindo problemas reais. Não estamos felizes com isso, apenas declaramos o fato em si", apontou ele.
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