Panorama internacional

Honduras retira seu embaixador de Israel

País da América Central se junta ao Chile e à Colômbia, que adotaram medidas semelhantes esta semana. Em comunicado, chancelaria hondurenha diz que violações cometidas por Israel na Faixa de Gaza constituem crime contra a humanidade.
Sputnik
O governo de Honduras informou, nesta sexta-feira (3), a retirada de seu embaixador em Israel por conta das violações ao direito internacional humanitário na Faixa de Gaza. A informação foi divulgada em comunicado oficial da chancelaria hondurenha.

"A Secretaria de Relações Exteriores comunica à população hondurenha e aos meios de comunicação nacionais e internacionais […], diante do genocídio e da grave situação de violação ao direito internacional humanitário — bem como da violação ao essencial direito à vida vivenciada pela população civil palestina, vítima inocente da vingança de Israel contra o Hamas —, […] o seguinte: Honduras condena energicamente o genocídio e as graves violações ao direito internacional humanitário que está sofrendo a população civil palestina na Faixa de Gaza. Isso constitui um crime contra a humanidade", diz o comunicado.

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"Como primeira ação de denúncia e protesto, chamamos a Tegucigalpa o senhor Roberto Martínez, embaixador da República de Honduras em Israel para consultas", acrescenta.

A chancelaria hondurenha informou ainda que o país exige "um cessar-fogo imediato e a urgente assistência humanitária para toda a população civil palestina, bem como o início das negociações de paz".
Com a decisão, o governo da presidente Xiomara Castro de Zelaya se junta aos seus homólogos do Chile e da Colômbia, que na terça-feira (31) anunciaram medidas diplomáticas semelhantes pelos mesmos motivos.
Também na terça-feira, a Bolívia comunicou o rompimento das relações diplomáticas com Tel Aviv, apontando que crimes de guerra e contra a humanidade estão sendo cometidos na Faixa de Gaza.
A violência na Faixa de Gaza segue escalando a cada dia. Nesta sexta-feira, um ataque aéreo israelense matou pelo menos 14 palestinos que deixavam o norte do enclave em direção ao sul para fugir dos bombardeios. Outro bombardeio atingiu o portão frontal do Hospital al-Shifa — o maior complexo médico da região da Faixa de Gaza.
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