Panorama internacional

Netanyahu anuncia 2ª fase da guerra com ação terrestre que visa 'destruir infraestrutura do Hamas'

Em sua primeira conferência de imprensa aberta para perguntas desde o começo do conflito em 7 de outubro, premiê israelense afirmou que a segunda fase da guerra contra o Hamas começou com a entrada de mais forças terrestres em Gaza na noite de ontem (27).
Sputnik
Neste sábado (28), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os objetivos de guerra de Israel são claros: "Destruição das capacidades militares e de governo do Hamas e devolver os reféns para casa".
O premiê também afirmou que a decisão de iniciar a incursão terrestre foi tomada por unanimidade, tanto pelo gabinete de guerra como pelo gabinete de segurança.

"Os nossos comandantes e soldados que lutam em território inimigo sabem que a nação e a liderança nacional os apoiam. Eles estão determinados a erradicar este mal [Hamas] do mundo, para a nossa existência e, acrescento, para toda a humanidade", afirmou o líder israelense, de acordo com o jornal The Times of Israel.

Netanyahu diz que os soldados fazem parte de um legado de guerreiros judeus que remonta a 3 mil anos. Ele sublinhou que o objetivo também é "derrotar o inimigo assassino e garantir a nossa existência na nossa terra".
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O primeiro-ministro também classificou aqueles que "ousam acusar os nossos soldados de crimes de guerra" como "hipócritas e mentirosos".
"As Forças de Defesa de Israel são o Exército mais moral do mundo [...] Israel não está apenas travando nossa própria guerra, mas uma guerra por toda a humanidade", afirmou.
Ao mesmo tempo, o líder disse que Tel Aviv conseguiu que o mundo apoiasse a operação, destacando as visitas dos líderes dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha, França, Países Baixos, Grécia, Chipre e muito mais.
"Eles trouxeram uma mensagem clara: não apenas apoiamos você, mas também esperamos sua vitória. [...] há momentos em que uma nação enfrenta duas opções: existir ou cessar. Estamos agora em um grande teste", continuou o primeiro-ministro."Nunca mais é agora [...] somos nós que venceremos", sublinhou.
Netanyahu disse que a fase inicial foi uma campanha aérea massiva "para permitir que as nossas forças terrestres entrassem com a maior segurança possível".
"Eliminamos inúmeros assassinos, incluindo assassinos em massa. Destruímos inúmeras sedes e infraestruturas terroristas. Estamos apenas no começo", disse ele, acrescentando que a guerra será "longa e difícil, e estamos prontos".
As declarações do primeiro-ministro foram endossadas pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, o qual disse também na conferência de imprensa que essa "não será uma guerra curta, será uma guerra longa. Somos nós ou eles", afirmou Gallant.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant, e o ministro de gabinete Benny Gantz dão uma entrevista coletiva na base militar de Kirya em Tel Aviv em 28 de outubro de 2023
O membro do gabinete de guerra, Benny Gantz, também afirmou que "não há limite de tempo diplomático, apenas um relógio operacional".
"Faremos o que é certo para nós. Isso é um mal total contra a justiça total. E a justiça vencerá", disse Gantz, apelando ao mundo para manter a pressão sobre o Hamas.
A mídia afirma que durante a conferência foram feitos questionamentos ao premiê se ele havia sido o responsável pela ação do Hamas no dia 7 de outubro, mas Netanyahu se esquivou de responder se é responsável e negou que as suas políticas tenham fortalecido o Hamas.
Questionado sobre o Irã, Netanayhu repetiu o que já havia afirmado outras vezes, de que não poderia garantir que Teerã estaria envolvido especificamente neste ataque, mas que "não haveria Hamas sem Irã".
O premiê também disse ser a favor do fechamento de alguns ministérios e do aumento dos gastos do governo: "A única economia que me interessa agora é a economia das munições", afirmou.
O número de mortos no conflito chegou a 8.536 na quinta-feira (26), de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde palestino e da Al Jazeera. No total, 7.131 palestinos mortos e 19.275 feridos. Em Israel, 1.405 mortos e 5.431 feridos.
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