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Mídia: governo Lula não aceitou 'jogo' dos EUA na ONU e insistirá em negociações sobre Israel-Hamas

Segundo equipe do chanceler Mauro Vieira, o Brasil não vai se dar por vencido e seguirá buscando acordos que aliviem a "dramática situação humanitária" na Faixa de Gaza, assim como entendimentos favoráveis à solução de dois Estados, um judeu e um árabe.
Sputnik
Ontem (18), os Estados Unidos vetaram o texto proposto pelo Brasil durante sua presidência do Conselho de Segurança da ONU. A proposta recebeu 12 votos favoráveis, mais do que o necessário para a aprovação, mas foi travada pelo veto norte-americano.
Entretanto, de acordo com o blog de Valdo Cruz no g1, o governo Lula não aceitou entrar no "jogo" de Joe Biden, e, apesar do veto à resolução, Brasília vai insistir em negociações que discutam um cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a criação de corredores humanitários.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, viajou para Nova York nesta quarta-feira (18) e vai presidir, no próximo dia 24, um debate aberto de alto nível do Conselho de Segurança sobre a temática do Oriente Médio, com discussões sobre o conflito na Palestina, relata a mídia.
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Ainda de acordo com o colunista, Biden não queria a votação da proposta enquanto estava em viagem a Israel. Sua estratégia era tentar fazer negociações diretamente com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e acertar um corredor humanitário, evitando medidas contra Israel e um cessar-fogo.
Países como França e China não só criticaram Washington como fizeram questão de elogiar a condução das negociações pela equipe de diplomatas do Brasil. Paris e Pequim destacaram que o texto acertado era o melhor e o possível neste momento.
Além disso, membros do Comitê de Direitos Humanos da ONU ficaram de costas durante discurso da embaixadora dos EUA na organização, Linda Thomas-Greenfield, após o veto ao texto.
Na avaliação de diplomatas brasileiros, o veto dos EUA tem ligação com o duelo Biden-Trump nas eleições estadunidenses de 2024. Biden estaria em desvantagem em relação a Trump no tema Oriente Médio.
Segundo um integrante do governo brasileiro, não importava o formato da resolução, pois era grande o risco de os norte-americanos rejeitarem a proposta, em busca de protagonismo.
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