Operação militar especial russa

EUA entregam mísseis ATACMS com alcance de 300 km à Ucrânia em meio à falhada contraofensiva

Os mísseis tático-operacionais ATACMS de longo alcance dos Estados Unidos já estão na Ucrânia e foram usados em um ataque à cidade de Berdyansk, na região de Zaporozhie, afirmou nesta terça-feira (17) o deputado da Suprema Rada, Aleksei Goncharenko.
Sputnik
Anteriormente, as autoridades dessa região russa informaram que os sistemas de defesa aérea foram acionados em Berdyansk de madrugada dessa terça-feira. Relatou-se uma série de explosões, mas não houve informações sobre vítimas ou danos.
"Bem, os ATACMS já estão conosco [...]. Graças aos nossos parceiros", escreveu Goncharenko nas redes sociais, ressaltando que foi Berdyansk que foi atingida.
No início de outubro, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que os Estados Unidos ainda não têm nada a anunciar sobre a possibilidade de transferir mísseis ATACMS para Kiev. Ao mesmo tempo, a revista norte-americana The New Yorker afirmou que o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou a transferência de mísseis tático-operacionais ATACMS para a Ucrânia em setembro.
Os americanos ainda não anunciaram oficialmente a entrega dos sistemas com alcance de cerca de 300 quilômetros, enquanto o próprio Biden disse, quando perguntado sobre isso, que a Casa Branca "trabalhou" em todas as solicitações de Vladimir Zelensky.
Anteriormente, a Rússia enviou uma nota diplomática aos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre o fornecimento de armas à Ucrânia. Qualquer carga com armas para a Ucrânia é considerada um alvo legítimo para a Rússia, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
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Os países da OTAN estão "brincando com fogo" ao fornecer armas para a Ucrânia, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia. O fato de o Ocidente estar inundando a Ucrânia com armas não contribui para o sucesso de possíveis negociações e tem, pelo contrário, um efeito contraproducente, de acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Os Estados Unidos e a Aliança Atlântica estão diretamente envolvidos no conflito na Ucrânia, "inclusive não apenas fornecendo armas, mas também treinando pessoal [...] no território do Reino Unido, Alemanha, Itália e em outros países", disse Lavrov.
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