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Brasil será testemunha de acordo entre Venezuela e oposição e articula com EUA alívio de sanções

Itamaraty teve protagonismo para que o encontro entre representantes do governo Maduro e da oposição na Venezuela, que acontecerá hoje (17) em Barbados, acontecesse. O evento será mediado pela Noruega.
Sputnik
Brasília, por meio do ex-ministro Celso Amorim que está em Barbados para a reunião, foi central na negociação: "Vemos como um passo muito importante o estabelecimento de um roteiro daqui até as eleições. Isso deve implicar em garantir observadores internacionais durante o processo eleitoral, liberdade de imprensa, entre outras medidas", disse Amorim segundo o G1.
O assessor para assuntos internacionais de Lula destacou a questão das sanções contra o país vizinho, e comunicou que vem tratando com Washington sobre o assunto.

"E, por outro lado — isso não deve estar no acordo de hoje, mas tem sido tratado pelos Estados Unidos — o levantamento de sanções também é fundamental para a paz social na Venezuela e para toda a região. Vemos, portanto, todo esse processo, que acompanhamos, e para o qual as atitudes do presidente Lula certamente contribuíram de forma muito positiva", afirmou o alto diplomata.

Há a expectativa de que os Estados Unidos suspendam as sanções impostas à Venezuela para a realização de eleições limpas.
De acordo com o jornal The Washington Post, Caracas firmou um tratado com o governo americano em que se compromete a organizar um pleito presidencial competitivo e a permitir que ele seja monitorado por observadores internacionais, relata a Folha de São Paulo. Em troca, a Casa Branca aliviaria as sanções contra a indústria de petróleo do país sul-americano.
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O anúncio foi o tema da conversa de ontem (16) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolás Maduro. Segundo fontes do Planalto, tanto Maduro quanto a oposição estão "auspiciosos" com o processo.
Amorim esteve em Caracas no início do ano, também tratou disso em encontros em Bogotá e em bilaterais com americanos e noruegueses.
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