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Rio de Janeiro: execução de assassinos de médicos não vai travar investigação, diz Cláudio Castro

Em pronunciamento, governador destaca que é preciso prender os líderes do que chamou de "verdadeira máfia". Corpos de assassinos de médicos foram encontrados nesta sexta-feira.
Sputnik
O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse nesta sexta-feira (6), em pronunciamento divulgado nas redes sociais, que a execução dos criminosos que assassinaram três médicos na Barra da Tijuca, por um tribunal do crime, não impedirá o andamento das investigações.
Castro iniciou o pronunciamento afirmando que a questão da violência não é somente do Rio de Janeiro, mas do Brasil. Também disse que o problema deixou de ser um embate entre tráfico e milícia.
"Não estamos falando mais de uma briga de milicianos e traficantes. Estamos falando de uma verdadeira máfia, uma máfia que tem entrado nas instituições, nos poderes, nos comércios, nos serviços e no sistema financeiro nacional", disse o governador.
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Em seguida, Castro afirmou que as investigações não serão suspensas por conta da execução dos criminosos por um tribunal do crime. Ele disse que é preciso prender os líderes das organizações criminosas por meio de um trabalho de inteligência.

"As investigações continuam. Eu queria reiterar que não acabam. Se eles acharam que iam punir os próprios e ia acabar, não é isso que vai acontecer. Essas investigações continuam, inclusive para que ela chegue nessa guerra de tráfico com milícia", acrescentou.

Os médicos Marcos de Andrade Corsato, 62, Diego Ralf de Souza Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro Almeida, 33, foram mortos a tiros na madrugada da última quinta-feira (5), quando estavam reunidos em um quiosque na orla. Eles estavam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, e se hospedaram no hotel Windsor, que fica em frente ao quiosque.
Eles foram assassinados após o médico Perseu Ribeiro Almeida ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, 26, que atua na Zona Oeste. O crime teria sido encomendado por vingança pela morte de outro miliciano.
Na madrugada desta sexta-feira, a Polícia Civil encontrou os corpos dos criminosos envolvidos na ação. Segundo as investigações, eles foram executados por um tribunal do crime, após o erro ter sido constatado e a consequente repercussão do caso.
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