Panorama internacional

Mídia: Ucrânia pode ser forçada a concordar com a paz nos termos da Rússia no próximo ano

Artigo do jornal The Hill destaca que eleições marcadas para 2024 em países ocidentais e fracasso na frente de combate podem levar aliados a pressionarem Kiev a assinar acordo de paz favorável à Rússia.
Sputnik
A Ucrânia pode ser forçada por aliados ocidentais a assinar um acordo de paz nos termos da Rússia se as tropas ucranianas não fizerem progressos na frente de batalha até o próximo ano. É o que aponta um artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal The Hill.
No texto, o articulista destaca que muitos países ocidentais que atualmente apoiam a Ucrânia realizarão eleições em 2024, por isso não há garantia de que o apoio ao regime de Kiev continuará igual no próximo ano. O artigo também aponta que a falta de motivação do Ocidente para continuar fornecendo ajuda militar à Ucrânia pode levar a mais avanços das forças russas.

"Se o apoio à Ucrânia enfraquecer em 2024, a Rússia poderá exigir um acordo de paz com a Ucrânia. A comunidade internacional poderá pressionar os ucranianos a negociarem e assinarem um acordo favorável à Rússia", diz o artigo.

Operação militar especial russa
Ocidente acredita que Ucrânia deveria passar do ataque para a defesa em outubro, diz mídia
O texto destaca que a ajuda à Ucrânia está ameaçada devido aos recentes acontecimentos e que a pressão de aliados sobre Kiev já começa a ser notada.
No último fim de semana, o presidente americano, Joe Biden, assinou um projeto de orçamento temporário, aprovado pelo Congresso dos EUA, que permite o financiamento do governo por mais 45 dias, até o dia 17 de novembro, quando um novo orçamento deve ser aprovado. O orçamento temporário impediu a paralisação do governo, mas não incluiu verba para Kiev, uma vez que parlamentares americanos divergem sobre continuar financiando a Ucrânia. Por conta disso, foram congelados projetos de assistência militar a Kiev.
Outro retrocesso sofrido pela Ucrânia foi o recente atrito com a Polônia, uma das principais aliadas de Kiev. Dias após Eslováquia, Hungria e Polônia anunciarem que vão manter o embargo aos grãos ucranianos, no intuito de proteger seus respectivos setores agrícolas, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, anunciou que a Polônia parou de fornecer armas à Ucrânia para priorizar seu aparato bélico.
Ademais, a contraofensiva de verão, lançada em 4 de junho pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, se revelou um fracasso, conseguindo avançar em menos de 0,25% do território pretendido. Com isso, apesar da ajuda bilionária do Ocidente, a linha de combate permaneceu quase inalterada.
Comentar