Operação militar especial russa

Ataque terrorista aos Nord Stream foi organizado pelos EUA e Reino Unido, aponta o Kremlin

O ataque terrorista aos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) foi de alguma forma organizado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira (27).
Sputnik
Na terça-feira (26), o jornalista investigativo norte-americano vencedor do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, publicou um artigo em que afirma que os Estados Unidos estão envolvidos na explosão dos gasodutos Nord Stream sem deixar vestígios, nenhuma informação significativa sobre a missão foi inserida em qualquer computador nos Estados Unidos.
"Não é tão importante quem digitou em que máquinas de escrever mecânicas, é importante que de fato tal ataque terrorista contra infraestruturas energéticas críticas, que pertencem a uma joint venture internacional, tenha sido de alguma forma organizado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, é claro. E eles estão de alguma forma envolvidos neste ataque terrorista", disse Peskov em um briefing.
Além disso, o porta-voz do Kremlin comentou as palavras da ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, sobre a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) dirigidas ao presidente russo Vladimir Putin, dizendo que se trata de uma tentativa de substituição de conceitos.
Panorama internacional
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No início do dia, Clinton disse "que pena, Vladimir, você mesmo causou isso", comentando a expansão da OTAN, de acordo com um vídeo publicado por uma agência de notícias norte-americana.
"A senhora Clinton é conhecida em nosso país por suas tentativas de virar tudo de cabeça para baixo e substituir conceitos", disse Peskov.
Neste caso, vale a pena recordar todas as ondas de expansão da OTAN, disse o porta-voz.
"Quanto à sequência de ações do presidente [Vladimir] Putin, é provavelmente necessário lembrar à sra. Clinton as numerosas ondas de expansão da OTAN e do movimento da infraestrutura militar da aliança para mais perto da nossa fronteira, e depois das insistentes propostas do presidente Putin aos países ocidentais para discutirem esta situação e sair para assinar um determinado documento, cujo projeto foi, aliás, preparado pelo lado russo, e uma recusa decisiva dos países ocidentais em discutir qualquer coisa. E aqui fica absolutamente claro qual foi o motivo da operação militar especial que está sendo realizada e continua", disse Peskov.
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