Panorama internacional

Manifestantes no Leste Europeu se mobilizam contra seus governos, a OTAN e a Ucrânia

Pessoas na parte leste da Europa saíram à rua em protesto contra as politicas nacionais e da OTAN, que veem como contrárias aos interesses de seus países.
Sputnik
Os cidadãos da República Tcheca e da Bulgária saíram às ruas para expressar seu descontentamento com as políticas das autoridades, exigindo respeito à memória histórica, o fim da ajuda militar à Ucrânia e até mesmo a renúncia do governo.
Na República Tcheca, o partido de oposição parlamentar Liberdade e Democracia Direta organizou na quinta-feira (21) uma manifestação contra o governo na cidade de Ceske Budejovice. Os participantes da ação podem assinar uma petição para destituir o governo do primeiro-ministro Petr Fiala.
Grupo de manifestantes antigovernamentais na República Tcheca
No sábado (16) foi realizada outra manifestação, em Praga, onde milhares de pessoas participaram de uma manifestação de protesto contra o gabinete de Fiala, organizada por outra organização de oposição, a Direito Respeita Experiência. Os participantes criticaram o auxílio à Ucrânia no conflito militar com a Rússia e as relações da República Tcheca com os EUA e a OTAN.
"Não precisamos do governo da UE, não precisamos do governo dos EUA, não precisamos do governo ucraniano, precisamos apenas de um governo tcheco, o governo dos cidadãos tchecos", disse o líder do partido, Jindrich Rajchl.

Memória histórica na Bulgária

Enquanto isso, em Sófia, Bulgária, na quinta-feira (21) foi organizada uma marcha de protesto contra o governo, liderada por uma coalizão dos partidos Mudança Contínua, Bulgária Democrática e GERB. O organizador da marcha, o partido oposicionista Renascimento, acusou o governo do país de trabalhar a favor dos interesses dos EUA e da Ucrânia.
Os manifestantes se reuniram em frente ao Monumento ao Exército Soviético, que as autoridades decidiram desmontar, e onde já haviam instalado andaimes e cercas ao seu redor.
Os participantes da ação de protesto condenaram repetidamente a decisão, com Kostadin Kostadinov, líder do Renaissance, chamando os manifestantes a não permitirem "o retorno do fascismo à Bulgária".
"Mostramos que, se quisermos, podemos remover essa cerca ilegal. Dizemos claramente que não permitiremos que o fascismo passe pela Bulgária novamente. Não permitiremos que ninguém zombe da memória histórica do povo búlgaro", comentou Kostadinov.
Passado algum tempo, alguns dos manifestantes conseguiram derrubar parte da cerca, as pessoas começaram a se aproximar do monumento, com a polícia tentando contê-las.
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