Panorama internacional

Líder francês pede saída de Von der Leyen após mentira sobre participação russa em Hiroshima

O líder do partido francês Patriotas, Florian Philippot, falou contra a presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, acusando-a de tentar manipular a opinião pública ao falar do bombardeio de Hiroshima.
Sputnik
"Como tentar manipular as multidões fazendo-as acreditarem que a bomba sobre Hiroshima (e Nagasaki) era russa, e não americana!", disse Philippot em sua conta no X (antigo Twitter), nesta sexta-feira (22).
Para Phillippot, as declarações da parlamentar são inaceitáveis.

"Esse bando [de Von der Leyen] é terrível, e precisamos nos livrar dele", disse o político.

Ontem (21) Von der Leyen foi criticada por insinuar participação russa no bombardeio atômico realizado pelos Estados Unidos contra cidades japonesas na Segunda Guerra Mundial.
Panorama internacional
Zakharova: Von der Leyen mentiu ao culpar Rússia por bomba nuclear disparada pelos EUA em Hiroshima
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Von der Leyen mentiu quando culpou a Rússia pelo ataque nuclear.
Em seu canal no Telegram, Zakharova disse que Von der Leyen adulterou fatos históricos comprovados durante a entrega de prêmios do Atlantic Council, um think tank dos Estados Unidos dedicado a análises geopolíticas enviesadas em prol deste país.
Zakharova destacou que essa organização "é especializada em gerar conteúdo russofóbico e anti-Rússia".

"Um dos laureados deste ano é o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida. Von der Leyen fez um discurso muito interessante. Ela elogiou o chefe do governo japonês por apoiar o governo de Kiev e por lutar contra a Rússia. Ele, por sua vez, lembrou que sua família veio de Hiroshima, e, durante o bombardeio nuclear de 1945, seus parentes morreram lá. Sobre os EUA e os algozes de Washington, que lançaram bombas sobre as florestas japonesas e a população civil, sequer uma palavra", observou Zakharova.

A representante oficial do MRE russo acrescentou que a principal figura "dos maiores escândalos de corrupção da história da União Europeia foi mais longe e atribuiu a tragédia de Hiroshima à Rússia".
Em seguida, ela destacou uma parte do discurso de Von der Leyen.

"Aqui estão suas palavras, literalmente: 'Muitos de seus parentes morreram quando a bomba atômica arrasou Hiroshima. Eles queriam ouvir essas histórias, olhar para o passado e aprender algo sobre o futuro. A Rússia está ameaçando usar armas nucleares novamente. É nojento, é perigoso e, na sombra [do contexto] de Hiroshima, é imperdoável'."

Zakharova, por sua vez, retrucou, usando palavras da mesma frase final da autoridade europeia para colocar sob questionamento o que Von der Leyen insinuou.

"É nojento e perigoso como Ursula von der Leyen mente", disse.

Em agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Cerca de 220 mil pessoas morreram diretamente nas explosões das duas bombas, e mais de 200 mil morreram devido à exposição a doses letais de radiação. A grande maioria das vítimas eram civis.
Segundo vários especialistas, do ponto de vista militar, o bombardeio de duas pacíficas cidades japonesas não era explicável, porque a vitória sobre o Japão foi assegurada principalmente pela derrota do Exército de Guangdong, com 1 milhão de homens, pelas tropas soviéticas.
Acredita-se que, ao bombardear cidades pacíficas, os Estados Unidos perseguiram, em primeiro lugar, objetivos políticos: demonstrar o seu poder, considerando as armas atômicas o principal meio de intimidar as pessoas e garantir a superioridade estratégica.
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