Panorama internacional

Em reunião com Biden, Lula fala em colocar direitos dos trabalhadores no centro das discussões

Em encontro em Nova York, Lula discute com presidente americano parcerias para melhorar as condições dos trabalhadores, preservar o meio ambiente e fortalecer a democracia.
Sputnik
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta quarta-feira (20) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York. O encontro ocorre um dia após o discurso de Lula na Assembleia Geral das Nações Unidas e é o segundo entre os líderes; o primeiro ocorreu em fevereiro.
O encontro tinha como objetivo dois pontos: discutir propostas e parcerias para melhorar as condições dos trabalhadores; e destacar para os EUA o potencial da transição energética do Brasil.
Em mensagem divulgada nas redes sociais, Lula afirmou que a parceria Brasil-EUA em prol do trabalho digno terá cinco pontos essenciais:
proteção de direitos trabalhistas;
promoção do trabalho digno nos investimentos público e privado;
combate à discriminação no local de trabalho;
abordagens centradas nos trabalhadores na transição para as energias limpas;
uso da tecnologia e das transições digitais em prol do trabalho decente.
Lula também enfatizou que pretende colocar os trabalhadores no centro das discussões políticas.

"Vamos continuar a colocar o direito dos trabalhadores no centro das discussões de fóruns multilaterais, seja na OIT [Organização Internacional do Trabalho], na presidência brasileira do G20 ou na COP30."

Os líderes também discutiram o fortalecimento da democracia, a transição energética e a proteção do meio ambiente. Segundo informou o Palácio do Planalto, Lula destacou para Biden o potencial do Brasil para a transição energética.
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"É muito importante que os Estados Unidos vejam o que está acontecendo no Brasil neste momento histórico de transição ecológica, de mudança de matriz energética, do que o país tem de investimento em energia solar, eólica, biomassa, biodiesel, etanol, hidrogênio verde, ou seja, há uma perspectiva de trabalho em conjunto excepcional entre Brasil e Estados Unidos. É um novo tempo na relação entre Estados Unidos e Brasil, uma relação de iguais, soberana e de interesses comuns", disse o presidente.

Lula também alertou sobre os riscos à democracia gerados pela tendência de negação da política vista ao redor do mundo.

"Quando olhamos a geopolítica do mundo, percebemos que as oportunidades estão se fechando, e as democracias correm perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço em função da negação da política no mundo inteiro."

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