Panorama internacional

'Paz se alcança no diálogo': enviado do papa elogia disposição russa para negociar

Nesta sexta-feira, Sergei Lavrov disse que a Rússia está disposta a dialogar com todos sobre a questão ucraniana.
Sputnik
O enviado do papa Francisco para negociar a paz na Ucrânia, o cardeal Matteo Zuppi, elogiou, nesta sexta-feira (15), a disposição do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para dialogar sobre a situação na Ucrânia.

"É importante porque a paz se alcança através do diálogo e da descoberta dos espaços possíveis e necessários. É certamente uma afirmação positiva [de Lavrov], e vai na direção desejada pelo papa Francisco", disse o cardeal.

A declaração foi dada em entrevista à emissora italiana TV2000, na qual o cardeal também falou sobre sua passagem por Pequim nos últimos dias, onde se reuniu com o representante especial do governo chinês para assuntos eurasiáticos, Li Hui, para debater formas de cessar o conflito na Ucrânia.
Panorama internacional
Zelensky vai 'inventar fórmulas absurdas' para simular luta pela paz, diz MRE russo
Nesta sexta-feira, Lavrov afirmou que está disposto a se reunir com o cardeal em Moscou e disse que a Rússia continua pronta para dialogar com todos sobre a questão ucraniana. No entanto o chanceler frisou que a busca pela paz não depende apenas de Moscou.
"A Rússia continua pronta para responder a todas as perguntas sérias, mas as 'bolas', que já são muitas, estão no campo do regime de Kiev", disse Lavrov.
A Rússia manifestou repetidamente a sua disponibilidade para negociações de paz, mas as autoridades de Kiev introduziram uma proibição das mesmas a nível legislativo. Em outubro do ano passado, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, assinou um decreto que proíbe negociações entre Moscou e Kiev.
O cardeal Matteo Zuppi foi nomeado pelo papa Francisco, em maio de 2022, como representante da Igreja Católica para liderar processos em favor da paz. Em junho deste ano, Zuppi passou a atuar como representante do Vaticano para negociações de paz na Ucrânia.
Comentar