Panorama internacional

Ex-assessor do Pentágono: Ocidente tentou 'sangrar' a Rússia usando a Ucrânia, mas ocorreu o oposto

Coronel da reserva Douglas McGregor diz que a guerra por procuração travada contra a Rússia na Ucrânia está esgotando as reservas de Washington, e Putin está ciente disso.
Sputnik
O desejo de Washington de fazer sangrar a Rússia até a morte por meio da guerra por procuração travada na Ucrânia está esgotando a economia americana. É o que opina Douglas McGregor, ex-assessor do Pentágono e coronel da reserva do Exército dos EUA, em uma postagem na rede social X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (15).
O objetivo original desta guerra por procuração era sangrar a Rússia até a morte. Isso foi um absurdo, aconteceu o contrário. Os recursos dos EUA estão se esgotando. A quantidade de dinheiro necessária para pagar a dívida é igual ao nosso orçamento de defesa, cerca de US$ 1 trilhão [aproximadamente R$ 4,8 trilhões]. [Vladimir] Putin sabe disso.
Na última quarta-feira (13), o Escritório de Administração e Orçamento (OMB, na sigla em inglês) da Casa Branca informou que o governo dos EUA já gastou mais de US$ 100 bilhões (R$ 486,8 bilhões) em ajuda à Ucrânia, somando equipamentos militares e ajuda econômica e humanitária. Os gastos são feitos em um momento de turbulência na economia dos EUA, e muitos congressistas norte-americanos começaram a se posicionar contra o envio de mais ajuda a Kiev.
O apoio à ofensiva ucraniana também dá sinais de erosão dentro das próprias Forças Armadas do país. Segundo relatou o próprio coronel McGregor, na semana passada, há debates dentro das Forças Armadas ucranianas sobre depor Zelensky.

"Há muitas conversas dentro das forças ucranianas sobre se livrar de Zelensky. Eles perderam 400 mil [vidas ucranianas em decorrência do conflito]. Não sei quanto mais será preciso aumentar esse número para que fiquem horrorizados. Já é o bastante para mim", disse o ex-assessor do Pentágono.

McGregor serviu por vários anos no Exército dos Estados Unidos, entre 1976 e 2004, tornando-se posteriormente autor, consultor e analista. Ele foi conselheiro do Departamento de Defesa dos EUA durante a gestão do secretário Christopher Miller.
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