França, EUA, Reino Unido e Alemanha ameaçam novamente o Irã em reunião do conselho da AIEA

Aviso de hoje (14) aconteceu em uma reunião trimestral do Conselho de Governadores da AIEA, a qual surge em um momento em que o impasse do Ocidente com o Irã tem sido complicado por diálogos secretos entre Washington e Teerã.
Sputnik
Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha ameaçaram novamente o Irã com outra resolução no Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) exigindo ação em questões sobre como explicar vestígios de urânio encontrados em locais não declarados, segundo a Reuters.
O conselho da agência da ONU conta com 35 países-membros, e uma resolução de novembro ordenou que Teerã cooperasse urgentemente com a investigação da AIEA sobre a presença de partículas de urânio em três locais não declarados.

"Se o Irã não implementar integralmente as ações essenciais e urgentes contidas na resolução de novembro de 2022 e na declaração conjunta de 4 de março, o conselho terá que se preparar para tomar novas medidas em apoio à AIEA e responsabilizar o Irã, incluindo a possibilidade de uma resolução", afirmaram as quatro potências ocidentais em uma declaração ao conselho de administração da AIEA.

As potências ocidentais condenaram recentemente o país persa por bloquear a AIEA nesta e em outras questões, como a reinstalação de câmeras de vigilância removidas no ano passado e por enriquecer urânio até 60% de pureza, próximo do grau de armamento.
Mas, paralelamente, diplomatas dizem que os Estados Unidos mantiveram diálogos secretos de "desescalada" com o Irã, potencialmente turvando as águas, relata a mídia.
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Para a agência britânica, a República Islâmica tende a irritar-se com as resoluções propostas nesta quinta-feira (14) e pode responder expandindo ou acelerando as suas atividades nucleares. O Irã afirma que o seu programa nuclear se destina estritamente a usos pacíficos, mas as potências ocidentais dizem que não há explicação civil credível para isso.
Na reunião do conselho de hoje (14), um total de 22 países dos 35 países-membros apoiaram a declaração, menos do que os 26 que apoiaram a resolução em novembro.
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