Panorama internacional

Donbass celebra 80 anos de libertação da Alemanha nazista, e Putin deixa mensagem (VÍDEO)

A região foi conquistada durante a invasão nazista da URSS. No entanto, a hoje cidade de Donetsk foi recapturada em 1943 pelo 5º Exército de Choque soviético.
Sputnik
O Ministério da Defesa da Rússia abriu uma nova seção histórica no seu portal, onde documentos de arquivo foram publicados, contando uma das páginas heroicas da Segunda Guerra Mundial: a libertação de Donbass dos invasores hitlerianas pelas tropas soviéticas em 8 de setembro de 1943. Na ocasião, foi libertada a cidade de Stalino, hoje Donetsk.
A seção começa com um mapa das operações de combate do 5º Exército de Choque entre 28 de agosto e 10 de setembro de 1943. Suas formações e unidades enfrentaram no local uma resistência feroz dos nazistas, que tentaram atrasar o avanço das tropas soviéticas. No entanto, as formações soviéticas conseguiram ocupar várias fortalezas importantes e começar a atacar a cidade por vários flancos.
Após derrotar os nazistas e libertar Stalino, os soldados soviéticos começaram a avançar ainda mais rapidamente, mas agora na direção sudoeste, para cortar as rotas de fuga das tropas hitlerianas em retirada.
A chegada do Exército Vermelho libertou os habitantes da cidade das condições insuportáveis da ocupação. A população diminuiu muito, depois que a população de 507.000 pessoas no início da Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda Guerra Mundial, compreendida entre 22 de junho de 1941 e 9 de maio de 1945, e limitada às hostilidades entre a União Soviética e a Alemanha nazista e seus aliados), foi reduzida a 175.000 no momento de sua libertação.
Os soldados soviéticos encontraram em Stalino valas comuns de prisioneiros de campos fascistas brutalmente torturados, e ruas inteiras queimadas por incendiários alemães.

Putin parabeniza os moradores da RPD

Nesse contexto, Vladimir Putin, presidente da Rússia, parabenizou os habitantes da República Popular de Donetsk (RPD) e de toda a Rússia pelo 80º aniversário da libertação de Donbass dos invasores nazistas.
Putin sublinhou que a região é uma fortaleza de 100 anos do país, uma terra rica, de trabalhadores e de guerreiros. Ele lembrou que os recursos dessa região eram de importância colossal para os nazistas, e que sua conquista era um dos objetivos do ataque alemão à URSS. Devido à intensa resistência local que os nazistas encontraram, "o inimigo cruel e cínico" torturou e executou centenas de milhares de guerrilheiros, combatentes clandestinos, civis e crianças, disse o presidente da Rússia.
O líder russo sublinhou o heroísmo e os sacrifícios dos combatentes soviéticos em penetrar uma defesa que parecia inquebrável, e crê que eles serviram de inspiração em 2014 para as forças locais que combateram a agressão de Kiev.
"Tenho certeza de que há nove anos, nessas fronteiras sagradas para nós, o exemplo dos soldados da Grande Guerra pela Pátria levou seus descendentes, as milícias do Donbass, a multiplicar sua coragem e fortaleza em uma nova batalha contra o nazismo, deu aos netos e bisnetos dos vencedores a força para defender sua terra, sua cultura, sua língua, seu patrimônio", resumiu o chefe de Estado.
Em fevereiro de 2014, Kiev sofreu um golpe de Estado que derrubou o democraticamente eleito presidente Viktor Yanukovich. Em resposta, em maio de 2014, foram realizados referendos de autodeterminação nas regiões de Lugansk e Donetsk. Kiev não reconheceu os resultados dessa votação e continuou usando a força militar contra Donbass.
Em 18 de fevereiro de 2022, os chefes da RPD e da RPL anunciaram uma evacuação em massa de sua população para a Rússia devido à ameaça de uma "ofensiva em grande escala" por parte de Kiev. Em 21 de fevereiro de 2022 Putin assinou decretos que reconheciam as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. Posteriormente, durante referendos realizados de 23 a 27 de setembro de 2022, os residentes dessas regiões, bem como os das regiões de Kherson e Zaporozhie, expressaram sua vontade de se juntar à Rússia.
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