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PF quer esclarecimentos de Mauro Cid sobre reunião de Bolsonaro e Zambelli com hacker da Vaza Jato

PF quer saber se Cid tem conhecimento ou participou da suposta reunião de Bolsonaro e Carla Zambelli com o hacker Walter Delgatti, que está sendo processado pelo ex-presidente por calúnia.
Sputnik
O tenente-coronel do Exército Mauro Cid chegou à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, na manhã desta segunda-feira (28) para prestar um novo depoimento.
O depoimento desta segunda-feira será o terceiro dado à PF por Cid, que está preso desde maio por adulterar o cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem serviu como ajudante de ordens.
Anteriormente, ele depôs sobre as adulterações no cartão de vacinação do ex-presidente e sobre seu envolvimento nas vendas de joias recebidas pelo governo brasileiro durante a gestão Bolsonaro.
No depoimento atual, a PF quer apurar os fatos narrados pelo hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como hacker da Vaza Jato. Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos do dia 8 de janeiro, Delgatti afirmou que Bolsonaro prometeu lhe conceder indulto caso ele assumisse a autoria da invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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Delgatti também afirmou que na reunião que teve com Bolsonaro, intermediada pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), o ex-presidente também questionou sobre a possibilidade de grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e promover uma operação fake nas urnas para simular a impressão de um voto falso.
A PF busca saber se Cid tem conhecimento do teor da reunião entre Delgatti, Zambelli e Bolsonaro, se ele participou das tratativas com o grupo e se lidou diretamente com Delgatti.
Jair Bolsonaro está processando Delgatti por calúnia e por ataque a sua honra. Em ação apresentada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, a defesa de Bolsonaro afirma que o hacker disseminou fatos "manifestamente mentirosos" em seu depoimento.
"O Querelado [Delgatti] imputou ao Querelante [Bolsonaro], em sua oitiva realizada na CPMI dos atos de 8 de janeiro de 2023, o delito de realizar interceptação telefônica ou telemática sem autorização judicial, [...] ciente da falsidade da imputação formulada", diz um trecho do documento, reproduzido pela Folha de S.Paulo.
A defesa de Bolsonaro argumenta ainda que, durante os quatro anos de sua gestão, o ex-presidente "se manteve fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade".
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