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Mídia: Bolsonaro fez agenda secreta com Forças Armadas após derrota; ex-ajudantes geriram R$ 11,9 mi

E-mails descobertos apontam que o ex-presidente, Jair Bolsonaro, teve pelo menos três reuniões secretas com comandantes militares nos dias seguintes à derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva.
Sputnik
Os encontros, segundo o portal Metrópoles, aconteceram no Palácio da Alvorada e foram omitidos das agendas de Bolsonaro e dos chefes das três Forças Armadas.
As reuniões constam em registros eletrônicos feitos pelo ex-ajudante de ordens, Jonathas Diniz Vieira Coelho. Os e-mails foram enviados à CPI do 8 de Janeiro e obtidos pela mídia.
Os encontros teriam acontecido nos dias 1º, 2 e 14 de novembro e contaram com os comandantes das forças, ou seja, general Marco Antônio Freire Gomes, do Exército; almirante Garnier Santos, da Marinha; e tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, da Aeronáutica.
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Além dos militares, estavam presentes em diferentes dias o general Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro; três ministros: general Paulo Sérgio Nogueira, da Defesa; Anderson Torres, da Justiça; e Bruno Bianco, da Advocacia-Geral da União (AGU); senador Flávio Bolsonaro e almirante Flávio Rocha, então secretário especial da Presidência.
Ao mesmo tempo em que veio a público os encontros com militares – que foram descobertos pela Polícia Federal após seus ajudantes de ordens deixarem 17.354 e-mails apagados na lixeira – os Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontam "movimentações financeiras atípicas" também de seus ex-ajudantes com valores que chegam quase a R$ 12 milhões em um ano e meio.
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De acordo com o G1, o Coaf analisou transações de seis assessores do ex-presidente no período entre janeiro de 2022 e maio de 2023.
Ao todo, os ex-ajudantes de ordens movimentaram R$ 11.877.775 no período. Tenete Mauro Barbosa Cid, "braço-direito" de Bolsonaro que está respondendo a diversas investigações, tem seu nome associado a mais de metade do valor: R$ 6,7 milhões.
Segundo o Coaf, essas movimentações foram classificadas como "atípicas" porque os montantes são incompatíveis com o patrimônio desses ajudantes presidenciais.
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