MiG-35 vs. F-16? Piloto veterano russo explica qual avião venceria em um duelo

Veículos aéreos não tripulados de reconhecimento e ataque continuam sendo parte integrante da Força Aérea russa, disse o major-general Vladimir Popov, um prestigiado piloto militar da Rússia, à Sputnik.
Sputnik
Este sábado (12) marca o Dia da Força Aérea russa, um feriado profissional do ramo de serviço das Forças Armadas, que é comemorado anualmente em 12 de agosto.
A Sputnik pediu ao major-general Vladimir Popov, um emérito piloto militar da Rússia, para dar sua opinião sobre o desenvolvimento da moderna Força Aérea russa.

Aeronaves russas de geração 4++ estão no caminho certo

"As abordagens que nós [Rússia] estamos usando indicam que escolhemos a estratégia certa para o desenvolvimento e melhoria da aviação de combate", disse Popov, enfatizando a necessidade de focar ainda mais na atualização dos caças de geração 4+ e 4++.
Ele enfatizou que esses aviões de guerra russos, incluindo aqueles relacionados à família Su (Sukhoi), tiveram um desempenho "brilhante" e podem até ser comparados ao F-22 Raptor, o caça multiuso de quinta geração fabricado nos EUA, em termos de características.
Além disso, Popov mencionou a aeronave MiG-35 Fulcrum, a versão altamente modernizada do MiG-29, divulgando o primeiro como "um avião leve único".
Ele lembrou que, de acordo com cálculos norte-americanos, o MiG-35 é "comparável" ao caça multimissão F-16 da Marinha dos EUA quando se trata de "manobrabilidade, potencial de combate e capacidade de sobrevivência".
Show aéreo internacional MAKS-2011
Quanto às batalhas hipotéticas, continuou o homenageado piloto russo, o MiG-35 provavelmente prevaleceria sobre o F-16 porque este é um avião monomotor, o que significa que o avião dificilmente sobreviveria caso seu motor fosse danificado.
Popov se referiu à sua experiência de combate anterior, quando voava no bombardeiro tático Su-24, para qualquer clima. Na época, lembrou, ele às vezes pousava com sucesso sua aeronave com um dos dois motores danificado.
"Depois que o avião seja restaurado, ele voltará a ser eficiente e pronto para o combate, algo que significa muito para o Estado e sua economia", destacou o especialista.

Força Aérea de combate russa na operação especial

Popov destacou que as Forças Armadas russas "passaram a usar amplamente equipamentos de aviação para realizar ataques aéreos maciços" na zona da operação militar especial na Ucrânia.
"Nós [pilotos russos] não apenas voamos sozinhos ou em pares, mas também estamos fazendo voos em grupo, o que já está aumentando a eficácia de combate da aviação de batalha na zona da operação especial", disse ele, acrescentando que os aviões de guerra russos atualmente priorizam o lançamento de ataques contra defesas antiaéreas e postos de comando do Exército ucraniano.
Separadamente, Popov elogiou as forças russas, que estão usando amplamente veículos aéreos não tripulados (VANTs) de reconhecimento junto com drones de ataque, como os Lancet, que ele disse serem "eficazes e que atendem a todos os requisitos modernos".
O especialista lembrou que "quase a cada segundo um tanque [ucraniano] no campo de batalha está sendo destruído agora pelos drones Lancet ou seus análogos". Ele apelou à realização de missões conjuntas de aviação tripulada e VANTs, cuja eficácia, segundo Popov, "seria única".
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História do Dia da Força Aérea

Abordando a história do Dia da Força Aérea, o especialista lembrou que ele remonta a 12 de agosto de 1912, quando foi criado o Comando da Unidade Aeronáutica do Estado-Maior do Exército russo.
Popov acrescentou que, além dos Ilia Muromets, que "levantavam até duas toneladas de carga", o Exército russo também realizou testes de aviões de reconhecimento, que foram usados na Primeira Guerra Mundial.
Bombardeiro pesado Ilia Muromets de Sikorsky
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