Panorama internacional

Restrições dos EUA fazem gigantes da Internet da China encomendarem US$ 5 bilhões em chips

Baidu, ByteDance, Tencent e Alibaba foram algumas das empresas que encomendaram altíssima quantidade de chips em um frenesi de compras que alimenta temores de que os Estados Unidos imponham novos controles de exportação.
Sputnik
Em meio às políticas norte-americanas para dificultar o acesso da China a tecnologia para semicondutores, gigantes da Internet chinesa estão correndo para adquirir chips Nvidia, fazendo pedidos no valor de US$ 5 bilhões (R$ 24 bilhões).
Empresas como Baidu, ByteDance, Tencent e Alibaba fizeram pedidos no valor de US$ 1 bilhão (R$ 4,87 bilhões) para adquirir cerca de 100.000 processadores A800 da fabricante norte-americana para serem entregues este ano, de acordo com o The Financial Times.
Os grupos chineses também compraram mais US$ 4 bilhões (R$ 19,4 bilhões) em unidades de processamento gráfico a serem entregues em 2024, disseram duas pessoas próximas à Nvidia.
"Sem esses chips Nvidia, não podemos prosseguir com o treinamento para qualquer modelo de linguagem grande", disse um funcionário da Baidu que pediu para não ser identificado.
A mídia relembra que, devido às restrições de exportação impostas por Washington no ano passado, as empresas de tecnologia chinesas só podem comprar A800s, que têm taxas de transferência de dados mais lentas do que os A100s.
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À medida que a empolgação com a IA aumenta, a maioria das gigantes chinesas da Internet tem menos de alguns milhares de chips em estoque que poderiam ser usados ​​para treinar grandes modelos de linguagem.
Os chips são vitais para a construção de sistemas de inteligência artificial generativos, e como a demanda apenas cresce desde então, também aumentou o custo desses chips.
"O preço do A800 nas mãos dos distribuidores aumentou mais de 50%", disse um distribuidor da Nvidia.
A guerra comercial e tecnológica entre EUA e China parece estar só começando, apesar de já ter um longo caminho percorrido. Entretanto, nesta quinta-feira (10), ganhou um novo capítulo com o decreto assinado pelo presidente Joe Biden, no qual Washington proíbe investimento privado em empresas chinesas de inteligência artificial.
Pequim respondeu à ação e disse que os EUA "estão a desviar-se dos princípios da economia de mercado".
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