Panorama internacional

Rebeldes no poder no Níger denunciam acordos militares com a França, relata mídia

Os rebeldes que tomaram o poder no Níger anunciaram a denúncia dos anteriores acordos militares com a França, informa a agência France-Presse.
Sputnik

"Diante da atitude arrogante da França em relação à situação no Níger, o Conselho Nacional de Proteção da Pátria decidiu denunciar os acordos de cooperação em segurança e defesa com esse país", observa-se no comunicado.

O ex-presidente Mohamed Bazoum, eleito em 2021 e deposto pelos rebeldes, era considerado um aliado próximo de Paris.
Bazoum, por sua vez, pediu aos EUA e à comunidade internacional para ajudarem a restaurar a ordem constitucional no país em uma coluna publicada no jornal The Washington Post.
Bazoum observou que ele escreveu o artigo enquanto era mantido refém pelos golpistas.

"Em nossa hora da necessidade, eu chamo o governo dos EUA e toda a comunidade internacional para nos ajudarem a restaurar nossa ordem constitucional. [...] O povo nigerino nunca esquecerá o seu apoio neste momento crucial de nossa história", escreveu Mohamed Bazoum.

Ele chama o Níger de "último bastião" dos direitos humanos no contexto dos movimentos autoritários que atingiram outros países da região.

"Embora esta tentativa de golpe seja uma tragédia para o Níger, o seu sucesso teria consequências devastadoras muito além das nossas fronteiras", escreveu o ex-líder do país africano.

Anteriormente (27), em um comunicado aos moradores do Níger, um grupo de militares anunciou o fim do governo do presidente Mohamed Bazoum. A afirmação deles se deu horas após o palácio presidencial ter sido cercado. Os militares justificaram a derrubada de Bazoum afirmando que durante seu governo a situação ao redor da segurança no país piorou, assim como a economia e o bem-estar social.
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