Panorama internacional

Novo líder militar do Níger adverte contra ameaças de intervenção internacional: 'Não cederemos'

Abdourahmane Tchiani alertou contra qualquer intervenção armada no país enquanto chefes da CEDEAO se reúnem em Abuja para cúpula de emergência a fim de decidir sobre novas ações para pressionar o Exército.
Sputnik
O novo líder militar do Níger, general Abdourahmane Tchiani, disse nesta quinta-feira (3) que a junta militar não cederá à pressão internacional para renunciar ao poder.

"Os militares se recusam a ceder a qualquer ameaça, venha de onde vier", afirmou Tchiani citado pela Bloomberg.

O general rejeitou as duras sanções impostas pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e alertou contra qualquer intervenção. As declarações de Tchiani aumentam o impasse com o bloco regional, CEDEAO, que ameaçou usar a força se o presidente do país não for restabelecido.
Ao mesmo tempo, a posição de Tchiani permanece forte enquanto uma cúpula de emergência na vizinha Nigéria para discutir uma resposta ao golpe de 26 de julho é articulada.
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Também nesta quinta-feira (3), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tornou-se o mais recente líder mundial a chamar paralibertação imediata do presidente Mohamed Bazoum e "a preservação da duramente conquistada democracia do Níger", relata a mídia.
OCEDEAO, como é conhecido o bloco regional, fechou na semana passada as fronteiras com o Níger, congelou os ativos do país no banco central regional e proibiu voos comerciais, entre outras medidas destinadas a obrigar a junta a renunciar ao poder.
A Nigéria aumentou a pressão cortando o fornecimento de eletricidade ao Níger, causando apagões contínuos nas principais cidades.
Tchiani, de 59 anos, declarou-se o novo líder do Níger em 28 de julho, dois dias depois que a guarda presidencial que ele lidera deteve Bazoum.
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