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Lira diz que cargo de Alexandre Padilha tem 'muito prazo de validade' e cobra Lula mais 'radical'

Presidente da Câmara sugeriu que Lula afastasse ministros que não cumprissem com decisões tomadas pelo núcleo político do governo e se isentou sobre entrada de PP e Republicanos em ministérios.
Sputnik
Em entrevista ao programa Roda Viva ontem (31), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse que a negociação política do governo Lula com o Congresso Nacional melhorou desde o começo do ano, mas sublinhou que o cargo de ministro da Secretaria de Relações Institucionais, ocupado por Alexandre Padilha (PT), "tem muito prazo de validade".
Na visão de Lira, Padilha sofreu dificuldades pelo que classificou como "loteamento de ministérios" na constituição dos cargos ministeriais do governo, indicando que nem sempre ele pode cumprir com o que havia prometido a parlamentares.
"A relação [entre Executivo e Legislativo] tem melhorado bastante. E todos nós sabemos que o cargo que o ministro Padilha ocupa tem muito prazo de validade. Muita gente entra ali e sai rapidamente e outros saem reconhecidos. O que tem que existir é: senta, conversa, resolve e cumpre", afirmou o líder da Câmara.
Lira também sugeriu que Lula fosse mais "radical" e afastasse ministros que não cumprissem com decisões tomadas pelo núcleo político do governo.
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As declarações ocorreram em um contexto em que o presidente da Câmara citou que Padilha foi designado pelo presidente para ser a pessoa responsável pela relação entre o Executivo e o Legislativo, sublinhou a Folha de São Paulo.
"Cada partido é dono de seu quinhão, cada ministro ou responde a um partido ou a alguma liderança nacional que o indicou. Muitas vezes o ministro Padilha acertava determinadas situações com determinados partidos ou parlamentar e o [outro] ministro simplesmente não cumpria."
Com a volta do Congresso nesta semana, há expectativa da retomada das discussões sobre a reforma ministerial e a eventual entrada de PP e Republicanos no primeiro escalão do petista, conforme noticiado ontem (31). Entretanto, Lira afirmou que em suas conversas com Lula nunca chegou a aventar nomes ou espaços a serem ocupados.
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