Panorama internacional

China diz que 'certamente dará uma resposta' se os EUA restringirem novamente a exportação de chips

O embaixador chinês nos EUA criticou os passos que o país tem tomado em reduzir as exportações de equipamentos de chips para a China, e que Pequim não gostaria de tomar medidas de retaliação.
Sputnik
Pequim não busca uma guerra comercial ou tecnológica sob o pretexto de concorrência, mas responderá com firmeza se Washington continuar impondo restrições ao setor de chips, afirmou na quarta-feira (19) Xie Feng, embaixador da China nos EUA.
Feng explicou durante um evento do Fórum de Segurança de Aspen que a China não rejeita a concorrência, mas que a forma como os EUA a definem não é justa, em referências às restrições de Washington na exportação de equipamentos avançados de fabricação de chips de Pequim.
"Isso é como restringir o outro lado de usar trajes de natação antiquados em uma competição de natação, enquanto você mesmo [usa] um Speedo", comparou Feng.
O embaixador chinês se referiu à possibilidade de os EUA criarem mecanismos para proibir ainda mais estritamente a exportação de chips usados em sistemas de inteligência artificial para o país asiático.
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"O governo chinês não pode ficar de braços cruzados. Há um ditado chinês que diz que não nos mostraremos provocadores, mas não vamos nos acovardar diante das provocações", disse Feng.
"A China certamente dará uma resposta. Mas, definitivamente, não é nossa intenção reagir. Não queremos uma guerra comercial, uma guerra tecnológica", sublinhou.
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