Panorama internacional

'Produto da Guerra Fria': China adverte que dará uma resposta firme a quaisquer ações da OTAN

A China está determinada a defender sua soberania e segurança e se oporá resolutamente a quaisquer ações da OTAN que sejam prejudiciais aos direitos e interesses legítimos de Pequim, disse nesta terça-feira (11) a missão diplomática chinesa na União Europeia (UE).
Sputnik
Anteriormente, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, comentando os resultados do primeiro dia da cúpula da aliança, disse que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte concordaram em trabalhar juntos para combater o fortalecimento da influência e do poder militar da China.
Ao mesmo tempo, o comunicado da cúpula afirma que a política da China é um desafio aos interesses, à segurança e aos valores da aliança, mas permanece aberta à interação com Pequim.
"A OTAN, sendo um produto da Guerra Fria, é conhecida por suas atrocidades", diz o comunicado no site da missão.
"Declaramos abertamente à OTAN que a China defenderá firmemente sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, e nos opomos fortemente à expansão da OTAN para leste, para a região da Ásia-Pacífico. A quaisquer ações prejudiciais aos direitos e interesses legítimos da China será oposta uma oposição vigorosa", adverte a missão diplomática chinesa.
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Além disso, o comunicado aponta que a China está preocupada com as afirmações da OTAN de que o bloco é uma "aliança nuclear", pois isso aumenta ainda mais as tensões regionais. A declaração final após o primeiro dia da cúpula da OTAN em Vilnius afirma que a aliança tomará medidas para garantir a eficácia e a segurança da missão de dissuasão nuclear, incluindo a modernização das capacidades nucleares.
"A declaração reiterada no comunicado de que a OTAN é uma 'aliança nuclear' só fará aumentar ainda mais as tensões regionais, a China expressa profunda preocupação a este respeito", conclui o comunicado.
A cúpula da OTAN está decorrendo de 11 a 12 de julho em Vilnius, com a participação de líderes de todos os países da OTAN, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden.
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