Panorama internacional

Governo Biden teria avaliado 'modelo de Israel' para Ucrânia, em vez da adesão à OTAN

Em 2008, a adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi negada, e os oponentes da ingressão ucraniana no bloco citaram os possíveis efeitos sobre o relacionamento da Europa com a Rússia como uma questão importante.
Sputnik
O governo Biden estaria supostamente considerando propor um "modelo de Israel" para a Ucrânia na OTAN, um acordo que seria um compromisso limitado e não incluiria uma garantia de defesa coletiva.
Relatórios da mídia indicam que a Casa Branca se compromete a continuar fornecendo mais ajuda militar à Ucrânia, independentemente do resultado de sua contraofensiva que está em andamento.
O acordo provavelmente seria por um período mais curto do que o compromisso com Israel, que foi fechado por dez anos.
Kiev e alguns aliados europeus têm defendido a adesão total da Ucrânia à OTAN, inclusive uma garantia de defesa coletiva.
No entanto, os oponentes da iniciativa argumentam que isso agravará o conflito na Ucrânia e confirmará as justificativas da Rússia para a operação especial, uma das quais era a invasão da OTAN no Leste Europeu desde o início do século.
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Segundo informações, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky ameaçou boicotar a cúpula da OTAN em Vilnius, na Lituânia, no próximo mês, caso não lhe seja dado um roteiro para que a Ucrânia se junte à aliança militar como membro pleno.
Na semana passada, o secretário-geral da OTAN que está deixando o cargo, Jens Stoltenberg, teria sugerido uma proposta de "compromisso" quando conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden.
Parte desse compromisso estipula uma promessa de continuar fornecendo armas a Kiev, independentemente do nível de sucesso de sua contraofensiva.
O acordo também elevará a Ucrânia ao nível de conselho na OTAN, que é o status que a Rússia manteve até 2014, quando o relacionamento entre a Rússia e o Ocidente entrou em colapso.
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Foi informado que, até o momento, apenas a Alemanha está do lado de Biden em seu plano para a Ucrânia. No entanto, outros membros têm suas dúvidas sobre a prontidão da Ucrânia de se juntar ao bloco militar.
Parte do plano de Biden será comprometer os Estados Unidos com a Ucrânia por períodos mais longos, limitando a quantidade de debate público nos EUA sobre a ajuda à Ucrânia.
Alguns políticos dos EUA, especialmente desde que a crise do teto da dívida pública foi temporariamente resolvida no início deste mês, questionaram por quanto tempo os EUA deveriam se comprometer a financiar as autoridades de Kiev.
Qualquer possível ascensão da Ucrânia à condição de membro pleno terá que ocorrer após o término do conflito com a Rússia.
Parte do requisito para ingressar na OTAN é que o país candidato deve primeiro resolver todas as disputas internacionais, étnicas e territoriais pendentes.
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