Panorama internacional

Países Baixos podem triar estudantes de tecnologia estrangeiros, governo nega ter China na mira

O Ministério da Educação holandês revelou que o governo do país pode restringir o acesso à tecnologia por parte de estudantes estrangeiros. Recentemente, o país tem tomado medidas anti-Pequim.
Sputnik
Os Países Baixos estão estudando legislação para examinar estudantes estrangeiros que planejam estudar em áreas técnicas quanto a possíveis riscos de segurança, disse na segunda-feira (12) um porta-voz do Ministério da Educação holandês.
O ministério garantiu que as novas regras regeriam todos os estudantes que chegam de fora da União Europeia, não apenas os chineses, escreve na segunda-feira (12) a agência britânica Reuters.
Robbert Dijkgraaf, ministro da Educação, e ex-diretor do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, Nova Jersey, EUA, disse ao parlamento em abril que estava realizando uma revisão dos programas universitários que receberam financiamento estrangeiro. Em 2022 ele criou um "centro de informações" para as universidades, para ajudar a examinar as parcerias acadêmicas estrangeiras.
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Na semana passada, Amsterdã introduziu uma revisão de segurança para possíveis investidores estrangeiros no país que possam representar uma ameaça aos "interesses de segurança nacional".
No entanto, também em abril, o Serviço Geral de Inteligência e Segurança, a agência de inteligência dos Países Baixos, alertou que as universidades holandesas são um "alvo atraente" para espionagem, e que a China é a maior ameaça. As universidades holandesas já começaram a rejeitar estudantes chineses que recebem uma bolsa de estudos do Conselho de Bolsas de Estudo da China.
Uma nova legislação seria assim a última de uma série de medidas tomadas por universidades e pelo governo para restringir o acesso de estudantes e empresas chinesas à tecnologia holandesa.
O número de estudantes estrangeiros nos Países Baixos tem crescido nos últimos anos, mas, proporcionalmente, menos estudantes chineses têm vindo desde 2012, com a China caindo do segundo para o quinto lugar na lista de países estrangeiros de origem mais comuns, de acordo com a organização sem fins lucrativos Nuffic.
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