Panorama internacional

Simulação de guerra da China revela 'destruição total' de grupo de porta-aviões de topo dos EUA

Uma equipe militar chinesa construiu cenários com limitações para a capacidade de ataque de Pequim, e demonstrou a eliminação de um grupo de embarcações militares norte-americanas em todos os casos.
Sputnik
Uma salva de mísseis hipersônicos poderia afundar com suficiente certeza o grupo de porta-aviões mais poderoso do Exército dos EUA em um possível conflito, concluíram simulações de jogos de guerra realizadas por uma equipe de planejadores militares chineses.
Usando 24 de seus mísseis antinavio mais avançados, as forças chinesas destruíram consistentemente uma frota de porta-aviões liderada pelo USS Gerald R. Ford durante as 20 batalhas simuladas, executadas em uma plataforma de jogos de guerra empregada pelo Exército de Libertação Popular (ELP) da China, conforme os dados relatados na terça-feira (23) pelo jornal chinês South China Morning Post (SCMP).
Na simulação, os projetistas dos jogos de guerra usaram um grupo de porta-aviões composto por seis navios de superfície que foram selecionados por sua "força inigualável e tecnologia avançada". Os navios dos EUA foram atacados com um punhado de ataques de mísseis hipersônicos durante os testes após ignorarem vários avisos chineses para não se aproximarem de uma ilha no mar do Sul da China controlada por Pequim.
"Liderados por Cao Hongsong, da Universidade do Norte da China, os pesquisadores descobriram que praticamente todos os navios de superfície dos EUA foram devastados pelo ataque e acabaram afundando", escreve o SCMP, acrescentando que seis mísseis hipersônicos menos precisos conseguiram eliminar as restantes embarcações do grupo de porta-aviões. A média de navios destruídos em um total de 20 vezes variou entre 5,6 e 6, o que efetivamente significou a "destruição total" do grupo de porta-aviões.
Panorama internacional
Analistas simulam guerra por Taiwan e preveem destruição de 2 porta-aviões dos EUA
Os planejadores militares chineses impuseram uma série de restrições a si mesmos na simulação, incluindo o corte do acesso a satélites espiões baseados no espaço e a limitação do número de mísseis hipersônicos disponíveis.
O lançamento do documento detalhando o jogo de guerra em maio marcou "a primeira vez que os resultados de ataques hipersônicos simulados contra um grupo de porta-aviões dos EUA foram divulgados" pelas Forças Armadas da China, e constitui um aviso a Washington contra qualquer provocação no mar do Sul da China, observou a mídia.
Um pesquisador anônimo baseado em Pequim, e entrevistado pelo jornal, sugeriu que "uma maior transparência sobre as capacidades e intenções militares da China poderia ajudar a reduzir mal-entendidos e erros de cálculo de ambos os lados, o que, por sua vez, poderia ajudar a reduzir o risco de conflito".
Comentar