Panorama internacional

Lavrov: Ocidente abusa abertamente das normas de justiça internacional em relação à Rússia

O Ocidente está cinicamente tentando acusar a Rússia de violar o direito internacional, embora ele próprio tenha pisoteado esse direito na Iugoslávia, Iraque e Líbia, disse o ministro da Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Sputnik
"Hoje, tentando passar a responsabilidade dos culpados para os inocentes, os países ocidentais tentam cinicamente acusar a Rússia de violar o direito internacional. Aquele direito internacional que pisotearam na Iugoslávia, Iraque, Líbia, desencadeando guerras agressivas contra eles", disse Lavrov no XI Fórum Jurídico Internacional de São Petersburgo.
As decisões do Tribunal Penal Internacional (TPI) são escandalosas e politicamente enviesadas, disse o chefe da diplomacia russa.
"Um ótimo exemplo da 'ordem baseada em regras' é um órgão como o Tribunal Penal Internacional. Esse verdadeiro pseudo-tribunal, que se tornou uma ferramenta dócil nas mãos dos anglo-saxões, segue demonstrando parcialidade política, ineficiência e falta de profissionalismo. Seu envolvimento em questões regionais nunca contribuiu para a resolução política de conflitos, mas apenas os agravou", declarou o chanceler russo.
A operação militar especial russa na Ucrânia, disse o ministro, está sendo realizada de acordo com a Carta das Nações Unidas (ONU) e Moscou informou sobre ela oportunamente.
"A operação militar especial está sendo conduzida com base no Artigo 51 da Carta da ONU, que prevê o direito de autodefesa individual e coletiva e da qual o Conselho de Segurança das Nações Unidas foi oportunamente notificado", frisou o ministro discursando no fórum em São Petersburgo.
Panorama internacional
Lavrov relembra tentativas do TPI de investigar crimes dos EUA no Afeganistão
Anteriormente, o TPI, cuja jurisdição a Rússia não reconhece, emitiu um mandado de "prisão" do presidente russo Vladimir Putin e da representante dos cidadãos infantis Maria Lvova-Belova em 17 de março.
O TPI acusa a Rússia de alegadamente "deportar" crianças que as autoridades russas resgataram dos bombardeios ucranianos e levar para fora da zona de guerra para áreas seguras.
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