Operação militar especial russa

Ante derrota iminente, nenhuma 'arma milagrosa' ocidental vai ajudar Ucrânia, diz colunista dos EUA

A Ucrânia está à beira da derrota e nenhuma "arma milagrosa" ocidental a salvará, segundo opinou o jornalista Christopher Roach em artigo veiculado pela mídia dos Estados Unidos.
Sputnik
Para ilustrar seu ponto no site American Greatness, o autor traçou paralelos com os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, quando a URSS derrotou o nazismo.

"A principal desvantagem da Alemanha era a falta de população e poder econômico suficientes em comparação com o poder e o tamanho combinados dos impérios britânico, americano e soviético", observou ele.

Operação militar especial russa
Armar a Ucrânia é reavivar a maior onda do nazifascismo no Ocidente?
A situação na Ucrânia, em sua opinião, é semelhante à que a Alemanha enfrentou em 1944.
À época os tanques aliados (o soviético T-34 e o americano M4 Sherman) tinham um canhão principal mais fraco, menos proteção de blindagem e características técnicas mais baixas do que os tigres e panteras alemães.
No entanto, a superioridade técnica não salvou o regime nazista da derrota.
Ao versar sobre a situação atual, Roach observou que a Rússia não foi quebrada por sanções em escala sem precedentes porque poder industrial do país é maior do que o do Ocidente coletivo.
A economia da Ucrânia, ao contrário, está quase completamente destruída, e suas finanças públicas e orçamento militar são totalmente dependentes de subsídios ocidentais.

"Não só a Rússia pode produzir mais armas do que a Ucrânia, como hoje, pelo menos nesta fase, pode produzir mais armas e munições do que todo o Ocidente", afirmou Roach, observando que "a indústria militar ocidental também não está adaptada em termos de velocidade ou em termos de volumes de produção" similares aos russos.

Segundo o articulista, encher a Ucrânia com armas ocidentais não mudará o curso do confronto.

"Os tanques modernos prometidos são complexos, requerem manutenção cuidadosa e difícil e treinamento de longo prazo das tripulações, e o Ocidente pode fornecer apenas um pequeno número deles. Ainda existe a perspectiva de diplomacia e negociações para resolver o conflito militar na Ucrânia. Mas quando você olha para [o presidente dos EUA, Joe] Biden ou seu governo, não consegue encontrar nada que indique sua sabedoria ou moderação que possa guiá-los nesse caminho", disse.

Em abril de 2022, Moscou enviou uma nota aos Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) condenando sua assistência militar a Kiev depois que a Rússia iniciou sua operação militar na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que fornecer armas à Ucrânia não é propício para as negociações de paz e teria um efeito prejudicial no conflito.
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