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Blinken: EUA cometeram 'erro terrível' ao sair do acordo nuclear, mas JCPOA 'não é mais prioridade'

Embora Biden tenha prometido tentar reativar o acordo, seu governo indicou nos últimos meses que abandonou a possibilidade. O mandatário chegou a dizer que o pacto estava "morto" informalmente, mas as declarações de Blinken oficializam a posição norte-americana.
Sputnik
Em conferência de imprensa na terça-feira (17) com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse que o acordo nuclear com o Irã não é mais uma prioridade para a agenda dos Estados Unidos.

"Com relação ao Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês], os iranianos mataram a oportunidade de voltar rapidamente a esse acordo há muitos meses. Havia uma chance na mesa que eles rejeitaram, uma oportunidade que foi aprovada por todos os envolvidos – europeus, Estados Unidos, Rússia e China até na época. E assim o JCPOA não está na agenda como uma questão prática há muitos meses, não é nosso foco […]", disse Blinken, de acordo com o briefing publicado pela Casa Branca.

O secretário acrescentou que, mesmo "o JCPOA não estando mais na mesa", o governo Biden ainda reafirma sua promessa de que Teerã "não terá arma nuclear", mas que os "olhos" dos Estados Unidos estão "no que Irã está fazendo agora", na sua relação de troca de equipamentos militares com a Rússia e "outras atividades iranianas desestabilizadoras na região".
Ao mesmo tempo, Blinken ressaltou que, no que diz respeito ao acordo nuclear, "os resultados e o sucesso" do JCPOA quando implementado em 2015 mostram que o caminho da diplomacia é o certo, uma vez que "colocou o programa nuclear do Irã em uma caixa", mas que ao ter saído do pacto em 2018, Washington "cometeu um erro terrível por ter rasgado e abandonado o acordo" e neste momento "lida com os resultados".
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No início deste mês, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, confirmou que o JCPOA não era "nossa prioridade no momento", mas enfatizou que os EUA ainda acreditam que "em última análise, a diplomacia é a melhor maneira" de impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear.
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