Enquanto Estocolmo e Helsinque aguardam o aval turco para prosseguir com seus respectivos processos de adesão na aliança militar, Erdogan segue afirmando que existem problemas políticos que ainda precisam ser resolvidos.
Segundo ele, Suécia e a Finlândia se recusaram a extraditar cerca de 130 terroristas para a Turquia. As declarações foram feitas neste domingo (15) para a imprensa turca.
"Dissemos à Suécia e à Finlândia: para que sua adesão à OTAN seja aprovada, é necessário nos extraditar cerca de 130 terroristas. Infelizmente, isso não foi feito", disse Erdogan.
Ele observou que a Suécia, em particular, se recusou a extraditar o jornalista Bulent Kenesh, que foi condenado à prisão na Turquia.
Porta-voz presidencial turco, Ibrahim Kalin disse na quinta-feira (12) que o progresso na admissão da Suécia à OTAN é impossível até que Estocolmo ponha fim aos terroristas que operam no país.
O embaixador sueco em Ancara, inclusive, foi convocado nesta semana pelo Ministério das Relações Exteriores da Turquia para justificar a "propaganda de Estocolmo para o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK)", considerados terrorista por Ancara.
No último dia 8, a Suécia descreveu as exigências da Turquia "como impossíveis". Segundo o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, ao jornal SVT, eles querem "coisas que não podemos e não queremos dar".
No dia 18 de maio de 2022, a Finlândia e a Suécia apresentaram pedidos ao Secretário-Geral da OTAN para ingressar na aliança militar. Até o momento, 28 países ratificaram a adesão, faltando apenas Hungria e Turquia.