Panorama internacional

Presidente peruana apela ao Congresso para reduzir prazo de eleições antecipadas

Sob pressão de protestos contra a deposição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo, que já deixaram oito mortos e 170 feridos, Dina Boluarte instou o Congresso a encurtar o prazo para o pleito, previsto para 2024.
Sputnik
Pressionada pelos protestos que eclodiram no Peru após a destituição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo, a nova presidente do país, Dina Boluarte exortou o Congresso a reduzir o prazo para as eleições antecipadas, previstas para ocorrer em 2024.

"Nem a violência nem o radicalismo vão acabar com um governo legítimo. Não há espaço para medo, mas há espaço para coragem, união e esperança para um país que merece mais de seus políticos. Por isso, em resposta aos pedidos dos cidadãos, quero reafirmar a proposta do meu governo de acelerar os preparativos para as eleições. A partir disso, apelo ao Congresso para que tome as melhores decisões para encurtar o prazo e implementar as reformas necessárias", disse Boluarte, em discurso na cerimônia de encerramento do ano letivo na Escola de Oficiais Militares.
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Dina Boluarte é ex-vice de Castillo, e foi alçada ao posto de chefe de Estado após a destituição do ex-presidente. Ele foi deposto em 7 de dezembro, após tentar um golpe de Estado ao anunciar a dissolução do Congresso. Após tomar posse, ela anunciou a realização de eleições antecipadas em 2024.
Porém, nesta semana, uma onda de protestos em apoio a Castillo tomou várias cidades do país. Os manifestantes exigem eleições presidenciais antecipadas e o fechamento do Congresso. Eles bloquearam estradas, atacaram aeroportos e delegacias de polícia e muitas vezes se envolveram em vandalismo. Eles acusam Boluarte de usurpar o poder e pedem sua renúncia imediata.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde peruano, oito manifestantes foram mortos, mais de 170 ficaram feridos, 19 deles estão internados. O governo peruano declarou estado de emergência no país por 30 dias, o que permite acionar as Forças Armadas para conter manifestações.
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