Como em um experimento de ficção científica, Elon Musk confirmou que o chip sem fio desenvolvido por sua empresa Neuralink poderá ser testado em humanos em seis meses.
O homem mais rico do mundo também afirmou que a startup de biotecnologia está "confiante" de que seu dispositivo poderá restaurar o movimento daqueles que sofrem de paralisia.
A novidade foi anunciada após polêmicas nos últimos meses, quando a Neuralink admitiu ter matado oito macacos durante um teste de sua tecnologia de chip cerebral.
Em um evento na sede da empresa, na Califórnia, Musk disse que o chip, que se assemelha a uma bateria, deverá ser implantado em humanos por meio de uma cirurgia.
O dispositivo poderia restaurar potencialmente a funcionalidade do corpo inteiro daqueles que têm uma medula espinhal cortada ou trazer de volta a visão de pessoas cegas, afirmou Musk.
Segundo o bilionário, que também acaba de se tornar CEO do Twitter, a empresa submeteu a maior parte de sua papelada à Food and Drug Administration (FDA), a agência federal de vigilância sanitária dos EUA, que garante, entre outras coisas, a segurança dos dispositivos médicos.
"Achamos que provavelmente em cerca de seis meses poderemos ter nosso primeiro Neuralink em um ser humano", disse, acrescentando que a empresa quer ser "extremamente cuidadosa" quando se trata de empreendimentos tão delicados.
Durante a apresentação, Musk expressou a esperança de que tais dispositivos, que permitiriam a transferência de informações entre humanos e máquinas, se tornem comuns.
A Neuralink perdeu repetidamente os prazos para obter a aprovação da FDA para testes em humanos. Em 2019, Musk disse que queria obter o sinal verde até o fim de 2020. Mais tarde, em 2021, ele afirmou que esperava começar este ano com testes envolvendo humanos.