Operação militar especial russa

EUA estimulam Kiev a considerar prioridades 'realistas' para negociações com a Rússia, afirma jornal

O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, aconselhou o presidente ucraniano Vladimir Zelensky a considerar uma posição de negociação "realista" em possíveis negociações com a Rússia.
Sputnik
As informações foram divulgadas pelo jornal The Wall Street Journal neste domingo (13), citando fontes diplomáticas familiarizadas com as discussões.
De acordo com os diplomatas, Sullivan transmitiu a mensagem de que Zelensky e seus funcionários deveriam formular demandas e prioridades realistas para as negociações, possivelmente reconsiderando seu objetivo declarado de restaurar o controle sobre a Crimeia.
A conversa ocorreu durante uma reunião em Kiev em 4 de novembro.
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Washington também sugeriu que Kiev deveria demonstrar abertura à ideia de negociações com a Rússia para ganhar influência.
De acordo com a publicação, um número crescente de funcionários dos EUA acredita que as próximas semanas e meses representam uma oportunidade para Rússia e Ucrânia discutirem possíveis negociações.
Washington acredita que o início do inverno pode ser um ponto de virada no conflito na Ucrânia.
"Por causa da perspectiva de que a Ucrânia não fará muito progresso no campo de batalha nas próximas semanas, autoridades dos EUA e alguns de seus colegas europeus começaram a perguntar quando a sociedade começará a exigir um acordo pacífico", escreveu o jornal.
A reportagem nota ainda que os Estados Unidos e seus aliados estão preocupados que, devido ao apoio da Ucrânia, seus estoques de armas se esgotem muito rapidamente.

"Dizemos aos ucranianos que cabe a eles decidir quando fazê-lo [iniciar as negociações de paz]. Mas seria uma boa ideia iniciá-los cedo", disse o jornal, citando um dos diplomatas da Europa Ocidental.

No início deste mês, Zelensky expôs as condições para as negociações de paz com a Rússia, exigindo: restauração da integridade territorial da Ucrânia; respeito à Carta da Organização das Nações Unidas (ONU); "compensação por todos os danos causados ​​pela guerra"; e garantias de que o conflito "não acontecerá novamente", entre outras imposições.
No início desta semana, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko, disse que Moscou não estava apresentando nenhuma precondição para negociações com a Ucrânia, mas Kiev deve mostrar boa vontade.
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse que a Rússia está "aberta para contatos", mas a Ucrânia "codificou a não continuação das negociações".
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia depois que as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) pediram ajuda para se defenderem das forças ucranianas.
Em outubro, as repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como as partes controladas pelos russos das regiões ucranianas de Kherson e Zaporozhie foram incorporadas à Rússia após referendos.
Depois disso, o presidente ucraniano Zelensky assinou um decreto classificando como "impossível" negociações e conversas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
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