O Ministério Público Federal (MPF) pediu a abertura de inquérito para investigar a denúncia de que computadores do Palácio do Planalto passaram por formatação logo após o segundo turno das eleições presidenciais.
O caso foi reportado pelo site Metrópoles na última sexta-feira (11). Segundo o site, a equipe de informática do Planalto recebeu ordem de formatar os computadores no dia 3 de novembro, por conta de uma ameaça de vírus detectada na rede. A formatação das máquinas acarreta ne extinção de arquivos.
Após tomar conhecimento do caso, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira pediu a abertura de investigação sobre o caso. O ofício foi protocolado no MPF do Distrito Federal, na noite de sexta-feira. No documento, a procuradora afirma que os fatos noticiados "revelam gravidade suficiente para fundamentar a instauração de procedimento apuratório".
"Faz-se necessário, assim, para a adequada proteção do patrimônio público e para a segurança da informação constante de bancos de dados da maior relevância para o Estado brasileiro, que todas as circunstâncias do suposto ataque e da suposta formatação sejam apuradas, bem assim que os agentes públicos envolvidos na ocorrência sejam ouvidos, para melhor esclarecer os fatos, seus desdobramentos e consequências", escreveu a procuradora no ofício, divulgado na íntegra pelo Poder360.
No ofício, a procuradora cita a nota de esclarecimento divulgada pela Secretaria Geral da Presidência após o caso ser noticiado, confirmando que foi detectada a presença de um malware, um tipo de software malicioso, na rede do Planalto. A procuradora, no entanto, afirma que a nota não esclareceu se houve, de fato, a formatação dos computadores, se arquivos foram danificados ou apagados e se dados sensíveis foram vazados.