Panorama internacional

Bloomberg descreve consequências desastrosas para os EUA de eventual derrota na guerra com China

A derrota dos EUA na guerra com a China destruirá a hegemonia global de Washington e marcará a ascensão do Oriente sobre o Ocidente, escreveu o observador Hal Brands em seu artigo de opinião na Bloomberg.
Sputnik
"Se entre os EUA e a China eclodir uma guerra, não será apenas uma luta por Taiwan ou alguma outra área de conflito. A guerra seria uma luta pela hegemonia em uma região crucial, e por toda a influência global subsequente", disse o jornalista.
Segundo ele, o "núcleo da rivalidade" entre os EUA e a China está na região do Indo-Pacífico. A derrota dos Estados Unidos destruiria o poder militar americano e a confiança nele entre os países na periferia marítima da Ásia.
Isso também reforçaria as declarações do líder da China Xi Jinping de que "o Oriente está ascendendo e o Ocidente está em declínio". Independentemente de quem vencer, tal conflito desencadearia uma "cascata de consequências", escreve o autor.

"O conflito poderia se expandir geograficamente, à medida que o Pentágono bloquearia as importações de energia da China ou visaria suas embarcações onde quer que estivessem. A guerra precipitaria um terremoto econômico, destruindo cadeias de suprimentos e interrompendo algumas das rotas comerciais mais lucrativas do planeta. Haveria uma perspectiva muito real de escalada nuclear", acrescentou Brands.

Os EUA precisarão de "assistência substancial" da Austrália, Índia, Japão e Reino Unido no caso de um conflito direto com a China, concluiu o observador.
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Anteriormente, o chefe de operações navais da Marinha dos EUA, almirante Mike Gilday, disse que o país precisa ter em conta que a China pode agir contra Taiwan muito mais cedo do que as advertências mais pessimistas preveem, dizendo que isso pode acontecer em menos de dois anos.
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