Panorama internacional

Bloomberg: inflação na zona do euro atinge novo recorde à medida que desempenho da economia diminui

Com os preços ao consumidor atingindo a marca de 10,7% em outubro, o Banco Central Europeu (BCE) precisou elevar as taxas de juros, enquanto o produto interno bruto (PIB) apresentou crescimento de apenas 0,2% no terceiro trimestre.
Sputnik
De acordo com dados da Bloomberg, a inflação na zona do euro atingiu um novo recorde histórico, enquanto a economia do bloco vem perdendo a força e alimentando expectativas quanto a uma recessão praticamente inevitável.
Os preços ao consumidor aumentaram 10,7% em outubro em relação ao ano anterior, ao passo que o PIB do terceiro trimestre desacelerou para 0,2% em relação aos três meses anteriores.
Os títulos europeus permaneceram mais baixos após a divulgação dos dados, com rendimentos alemães de dez anos quatro pontos-base mais altos, em 2,15%. O euro caiu 0,3% e está oscilando na base de US$ 0,9937 (cerca de R$ 5,18).
Na semana passada, a Alemanha desafiou as previsões de contração ao registrar um crescimento mais rápido do que nos três meses anteriores. Apesar disso, a projeção é de que a Europa continue desacelerando a economia nos próximos trimestres, com aumentos acentuados nas taxas de juros pelo BCE.
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"Os riscos de recessão estão se espalhando", disse o presidente do banco central espanhol, Pablo Hernández De Cos, em um evento nesta segunda-feira (31) na Turquia. "Uma ação decisiva de nossa parte na atual conjuntura apoiará o crescimento de médio prazo, reduzindo as pressões inflacionárias e evitando um desencorajamento das expectativas de inflação."
Ainda segundo a Bloomberg, uma desaceleração drástica no terceiro trimestre já era evidente na Espanha e na França, à medida que o boom pós-confinamento nas indústrias de turismo e lazer desaparecia. Esses dados vieram um dia depois que o BCE dobrou os custos de empréstimos para o nível mais alto em mais de uma década, com autoridades mais tarde apoiando outras grandes medidas para recuperar os preços de volta à meta de 2%.
Para os analistas, as perspectivas, no entanto, permanecem extraordinariamente incertas. O clima ameno e o fornecimento de gás natural mais forte do que o esperado levaram a uma queda significativa em alguns custos de energia no atacado, mas a trajetória do fornecimento futuro e o conflito ucraniano ainda apresentam riscos.
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