Panorama internacional

MRE russo: exigimos a Kiev e Ocidente que parem de levar o mundo a catástrofe nuclear

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia instou os países ocidentais a levarem a sério a possibilidade de Kiev lançar uma "bomba suja" para acusar Moscou.
Sputnik
A Rússia exige a Kiev e seus patrocinadores ocidentais que tomem ações para evitar que o mundo caia em uma catástrofe nuclear, instou na segunda-feira (24) Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo.
"Exigimos às autoridades de Kiev e aos patrocinadores ocidentais que a controlam que parem de tomar ações que levam o mundo a um desastre nuclear e ameaçam a vida de civis inocentes. É imprudente ignorar as advertências russas sobre esta questão", disse ela.
Zakharova também sugeriu que os países ocidentais não testem o limiar das linhas vermelhas russas.
"Não excluímos a assistência nesta tarefa de alguns países ocidentais, que, segundo os dados que recebemos, estão negociando o fornecimento à Ucrânia de componentes para uma 'bomba suja' [...] É perigoso escalar a questão. O Ocidente não deve medir a largura da linha vermelha", apontou.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, afirmou também não levar a sério as declarações dos países ocidentais de que Kiev não quer construir uma "bomba suja", e que Moscou é quem a planeja usar.
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"Alguns de nossos interlocutores se ofereceram para discutir as informações que temos a nível profissional, militar. Esta é uma abordagem que apoiamos", referiu o ministro.
Igor Kirillov, chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica das Forças Armadas russas, disse que o Ministério da Defesa da Rússia tinha informações sobre os planos de Kiev de usar uma "bomba suja" e culpar Moscou pelo ato.
A bomba suja é um recipiente com isótopos radioativos e uma carga explosiva, que, se detonada, contamina largos territórios com a disseminação da radiação. Segundo uma apresentação do Ministério da Defesa russo, se a Ucrânia detonar uma "bomba suja", os isótopos radioativos serão dispersos na atmosfera a até 1.500 quilômetros de distância, e poderão cobrir a Polônia.
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