Operação militar especial russa

Assessor americano das Forças Armadas da Ucrânia revela objetivos militares do país

Ucrânia se recusará a negociar com a Rússia e lutará para retomar suas fronteiras de 1991, estabelecidas após uma votação de independência antes do colapso da União Soviética, de acordo com Dan Rice, um cidadão dos EUA que é assessor do comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas.
Sputnik
Em entrevista à CNN nesta terça-feira (18), Rice apelou aos países ocidentais para enviarem armamentos adicionais para a Ucrânia, acrescentando que, embora o país precise desesperadamente de sistemas de defesa antiaérea e aeronaves, não está interessado em conduzir negociações com Moscou.

"[A Rússia] está tentando, na minha opinião, chegar à mesa de negociações, tentar voltar às fronteiras de 2014", disse Rice. "[…] A Ucrânia quer todas as suas terras de volta, as fronteiras de 91", acrescentou.

As fronteiras da Ucrânia de 1991 incluíam as quatro novas divisões russas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhie, e a Crimeia, tendo todas elas votado para se juntar à Rússia em uma série de referendos. O referendo da Crimeia foi realizado em 2014 logo após o golpe de Estado que derrubou o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, enquanto as outras regiões votaram neste setembro para se juntar à Rússia.
Apesar das afirmações de Rice, o Kremlin deixou claro que não tem intenção de reverter os referendos, com o presidente russo Vladimir Putin afirmando recentemente que, enquanto ele está preparado para negociar com Kiev, "a vontade das pessoas de Donetsk, Lugansk, Zaporozhie e Kherson não será discutida".
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O mais recente apelo de negociações da Rússia ocorreu na semana passada, quando o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, sugeriu que os objetivos de Moscou poderiam ser alcançados diplomaticamente e que permanece "aberta" às negociações.
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