Panorama internacional

Lavrov: Ocidente usou terror diplomático para forçar países a apoiar resolução antirrussa na ONU

O Ocidente usou métodos de terror diplomático contra países em desenvolvimento para que na Assembleia Geral da ONU fosse adotada uma resolução antirrussa sobre os referendos nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e nas regiões de Kherson e Zaporozhie, disse o chanceler da Rússia Sergei Lavrov.
Sputnik

"O Ocidente usou sem vergonha métodos de terror diplomático, pressionando descaradamente os países em vias de desenvolvimento, ameaçando com todos os possíveis tipos de punição. Só com essa chantagem aberta, com essas ameaças, foi possível assegurar resultados. Sabemos perfeitamente bem que a declaração dos americanos de que 'eles não persuadem ninguém, todos votam por si mesmos' é mentira. E eles também sabem isso", disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia ao canal de TV russo Pervy nesta quinta-feira (13).

Na quarta-feira (12) a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução sobre os referendos realizados nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e nas regiões de Zaporozhie e Kherson, bem como sobre a situação na Ucrânia. A resolução de condenação foi apoiada por 143 países, cinco votaram contra e 53 se abstiveram.
Contra votaram a Rússia, Belarus, Coreia do Norte, Nicarágua e Síria. Entre os que se abstiveram estavam a China, Índia, África do Sul, bem como Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Uzbequistão. Para que uma resolução seja aprovada, ela deve ser apoiada por pelo menos dois terços dos participantes da votação.
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Os referendos sobre a integração das quatro regiões ao território russo foram realizados de 23 a 27 de setembro, com todos sendo apoiados com ampla maioria de votos. Mais tarde, Vladimir Putin, presidente da Rússia, assinou leis federais ratificando a admissão dessas regiões.
O Ocidente, não reconhecendo os referendos sobre a adesão à Rússia, está mostrando dois pesos e duas medidas, como apontou o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, ao Conselho de Segurança da organização. Na ocasião, ele lembrou o reconhecimento do Kosovo.
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